terça-feira, 30 de junho de 2015

Experimentando Mais de Deus

Tenho aprendido um princípio importante de como podemos provar mais de Deus no capítulo seis de Isaías, onde lemos acerca de uma fortíssima experiência dele com Deus. A vida cristã é progressiva (Pv 4.18) e Deus quer que provemos cada vez mais de sua presença. Esta experiência de Isaías foi um momento em sua vida onde ele galgou um degrau a mais no seu relacionamento com Deus.
“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar moveram-se à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu pecado Depois disto ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”. (Isaías 6.1-8)

         O impacto no profeta foi tamanho que ele declarou ser um homem de lábios impuros no meio de um povo de impuros lábios. Só que quando lemos os cinco capítulos anteriores de seu livro, vemos uma forte mensagem contra o pecado. Não enxergamos este Isaías de lábios impuros que ele descreve, apenas o Isaías“profeta”. Mas quando provamos mais de Deus passamos a enxergar o quanto ainda precisamos do Senhor e de seu tratamento em nossas vidas.
         Todos precisamos deste nível de experiência. Não que a visão em si vá se repetir a cada um de nós, mas precisamos provar mais de Deus a ponto de enxergarmos nossa miséria e entrarmos num novo nível em Deus. Isaías recebeu um toque purificador em seus lábios, pois foi justamente aí que ele confessou ser falho; e passou a ter uma nova consciência do chamado de Deus para o serviço (v.8).

NO ANO EM QUE MORREU O REI UZIAS

         Na ocasião em que Deus começou a falar fortemente ao meu coração através deste texto, comecei a me indagar o que levou o profeta a ter tal experiência. A Bíblia diz que “tudo quanto foi escrito, para nosso ensino foi escrito”(Rm 15.4). Diz também que
“estas coisas lhe sobrevinham como exemplos, e foram escritas para advertência nossa” (1 Co 10.11).
        Portanto, a experiência de Isaías não é apenas um relato histórico, mas um ensino prático para nós hoje. E enquanto indagava sobre o que o levou a ter tal experiência, Deus vivificou diante dos meus olhos a frase: “no ano em que morreu o rei Uzias”. Estou certo de que ela não era apenas uma referência cronológica da experiência, mas a descrição simbólica de sua causa. Isaías podia apenas ter dito em que ano do reinado de Jotão, filho de Uzias, isto aconteceu, pois este começou a reinar antes de seu pai morrer. Mas não se tratava apenas de um referencial no calendário, e sim de uma figura importante no ensino que receberíamos.
         Isaías profetizou durante o reinado de quatro reis. Uzias foi o primeiro deles, o que nos faz concluir que nesta época ele era ainda bem jovem. E na condição de jovem, provavelmente era um admirador do rei Uzias, pois ele foi um dos reis que mais deu vitórias a Israel em toda a sua história; provavelmente, como um general de guerra sua fama tenha ficado apenas atrás de Davi. A nação respeitava e amava este homem que lhe havia devolvido a glória e o prestígio. O relato bíblico deixa claro o sucesso que este homem desfrutou governando a nação:
“Saiu e guerreou contra os filisteus, e quebrou o muro de Gate, o de Jabne e o de Asdode; e edificou cidades no território de Asdode, e entre os filisteus. Deus o ajudou contra os filisteus e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas. Os amonitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até a entrada do Egito, porque tinha se tornado em extremo forte. Também edificou Uzias torres em Jerusalém, à Porta da Esquina, à porta do Vale e à Porta do Ângulo, e as fortificou. Também edificou torres no deserto, e cavou muitas cisternas, porque tinha muito gado, tanto nos vales como nas campinas; tinha lavradores e vinhateiros, nos montes e nos campos fertéis, porque era amigo da agricultura. Tinha também Uzias um exército de homens destros nas armas, que saíam à guerra em tropas, segundo o rol feito pelo escrivão Jeiel, e Maaséias, oficial, sob a direção de Hananias, um dos príncipes do rei. O número total dos cabeças da famílias, homens valentes, era de dois mil e seiscentos. Debaixo das suas ordens havia um exército guerreiro de trezentos e sete mil e quinhentos homens, que faziam a guerra com grande poder, para ajudar o rei contra os inimigos. Preparou-lhes Uzias, para todo o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos, e até fundas para atirar pedras. Fabricou em Jerusalém máquinas, de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem flechas e grandes pedras; divulgou-se a sua fama até muito longe; porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte”. (2 Crônicas 26.6-15)

         Uzias foi um líder respeitado e admirado. E podemos afirmar com toda a certeza, que o jovem profeta o admirava. Mas foi somente quando morreu o rei natural, carnal, que seus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. Há um princípio espiritual aqui. Somente quando morreu o rei Uzias é que os olhos de Isaías se abriram para a revelação de Deus como rei. Ele viu o Senhor assentado num trono, o lugar de autoridade dos reis. Ele viu as orlas de seu manto real enchendo todo o templo. Mas para que pudesse ver o rei espiritual, o carnal teve que morrer. Esta é uma figura profética. Se queremos ver o Rei, entrando numa nova experiência com Deus, primeiro Uzias tem que morrer em nossas vidas.

O QUE UZIAS SIMBOLIZA

         O rei Uzias figura este comportamento que temos denunciado desde o primeiro capítulo deste livro, de querer usar Deus como um trampolim para receber aquilo que se deseja, sem um forte senso de compromisso, de aliança com Deus. Ele começou corretamente, mas depois demonstrou o que de fato estava em seu coração.
“Ele fez o que era reto perante o Senhor, segundo tudo que fizera Amazias, seu pai. Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era entendido nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar”. (2 Crônicas 26.4,5)

         O texto bíblico diz que “ele foi maravilhosamente ajudado (pelo Senhor) ATÉ QUE se tornou forte”(v.15). Esta expressão “até que” nos mostra que a partir de então Deus já não era necessário para ele, pois já chegara onde queria. Uzias é o retrato do sentimento que há no coração de todos os que buscam ao Senhor por interesse, apenas para alcançar o que querem. Tão logo Uzias alcançou o sucesso, Deus se tornou descartável para ele. E assim são tantos que se dizem cristãos! Sei o que estou falando. Nestes últimos anos de pastoreamento tenho percebido o quanto isto ocorre no meio do rebanho.
         É só chegar a época do vestibular e a moçada se “converte”. Depois que entram na universidade se esquecem que serviam a Deus e correm atrás do pecado. Quando querem namorar e precisam da “benção de Deus” então, nem se fala! Mas depois que foram “abençoados” voltam as costas ao Senhor e vão para a cama com a “benção” que receberam.
         Tenho visto as pessoas chegarem à igreja porque precisavam de restauração familiar e, quando isto aconteceu, não havia mais nem sombra delas! Outros necessitavam de restauração financeira, outros de cura, e assim por diante… E quando recebiam o que queriam, Deus já não era mais tão importante. Isto acontece porque o ser humano é egoísta por natureza. Sua carne o leva a pensar somente em si mesmo.
         Se não ensinarmos estas verdades, iremos falhar e ver muitos outros falhando também. É preciso confrontar o coração com a verdade da Palavra. E se quebrantar diante de Deus. Veja o comportamento de Uzias:
“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seuDeus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso”. (2 Crônicas 26.16)

         O rei Uzias é símbolo e figura da auto-suficiência, do orgulho, e da falta de compromisso com Deus. Representa aquele tipo de pessoa para quem Deus é apenas um amuleto. Representa aquele tipo de crente que não corresponde com Deus e suas intervenções, pois é egoísta e só pensa em si mesmo.
         Uzias tem que morrer se queremos ver a glória do Senhor e entrar numa dimensão mais profunda de intimidade com ele. Somente quando Uzias morre (e falo sobre deixar esta atitude que ele teve) é que veremos o Rei, o Senhor dos Exércitos. Esta nossa atitude descompromissada e interesseira no que diz respeito aos milagres nos tem impedido de provar uma visitação maior da parte do Senhor. É tempo de nos arrependermos diante de Deus e assumirmos uma nova postura, uma nova mentalidade. Uzias tem que morrer! Mas como isto acontece?

COMO UZIAS MORRE

        As Escrituras nos mostram como o rei Uzias veio a morrer. Examinemos o texto bíblico para extrair dele princípios práticos. Assim que Uzias entrou no templo de Deus, os sacerdotes o resistiram, deixando-nos exemplo:
“Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do Senhor, homens da maior firmeza; e resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isto para honra tua da parte do Senhor Deus. Então Uzias se indignou; tinha ele o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na casa do Senhor, junto ao altar do incenso. Então o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o Senhor o ferira. Assim ficou leproso o rei Uzias até o dia de sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da casa do Senhor; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra”. (2 Crônicas 26.17-21)

         A Bíblia mostra claramente que o Senhor mesmo feriu a Uzias com a lepra. Mas só aconteceu depois que os sacerdotes o resistiram. Quando percebemos esta atitude de Uzias em nossas vidas, devemos nos opor fortemente a ela. Não podemos aceitar ou tolerar isto em nós. Somos o santuário de Deus e também o sacerdócio instituído para cuidar do santuário. Devemos tomar posição contrária a este tipo de atitude. Deus não é um amuleto para que o usemos apenas para conseguir o que queremos. Não é descartável. Mas nossa carne nos leva a um viver egoísta e é preciso reconhecer e confrontar esta atitude.
         Quando nos deixamos tomar pelo temor de Deus e confrontamos em oração e temor este tipo de atitude, o Senhor ferirá Uzias de morte. Não há morte instantânea para ele. É um processo. A lepra o matou aos poucos. E nas nossas vidas será também assim. Não adianta fazermos uma única oração e achar que tudo se resolverá. Uzias permaneceu EXCLUÍDO (pelos sacerdotes) da casa do Senhor até a sua morte. E nós também, como sacerdotes de Deus, devemos mantê-lo longe do santuário (que somos nós). Devemos nos opor continuamente a ele até que morra e já não haja mais sua influência em nós. E quando isto acontecer, os nossos olhos verão o Rei, o Senhor dos Exércitos!
         Há todo um processo de quebrantamento, rendição, e humilhação contínua diante do Senhor até que isto aconteça. Não é automático. Mas vale a pena. A possibilidade de ver o Rei, e conhecê-lo num novo nível deve nos motivar a isto.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Eu Tenho um Sonho!

Texto Principal:  Joel 2.7 “Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e irá cada um nos seus caminhos, e não se desviarão da sua fileira”.

INTRODUÇÃO:

Na história dos EUA, houve um homem que marcou a sua geração, esse homem foi Martin Luther King (King Jr. como era conhecido). Era um homem negro, um pastor Batista e foi um dos mais importantes líderes de movimentos civis na América.

Martin Luther King Jr. foi o líder do movimento anti-racial contra os negros na década de 60. Para se ter uma ideia, ele recebeu no ano de 1964 o Prêmio Nobel da Paz.

O mais famoso de seus sermões tinha como tema: “I have a dream” ou seja “Eu tenho um sonho”. Diz o sermão: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor de sua pele."

Assim como Martin Luther King Jr., teve um ideal e um sonho em ver uma América livre do preconceito e do ódio racial contra os negros, assim também nós temos um sonho e um ideal de vida, que é de conquistar a nossa cidade e a nossa geração para Jesus Cristo. Amém??

Eu acredito que o sonho de um homem e de uma mulher de Deus é tão somente sonhar os sonhos de Deus! E a pergunta crucial para esta noite é: Tenho sonhado os sonhos de Deus?

Mas para que estes sonhos possam ser realidade em nossas vidas, precisamos estarmos  inseridos no contexto de Joel 2:7, que veremos nesta ministração. Para isso é importante analisarmos neste versículo alguns princípios para que possamos sonhar os sonhos de Deus, e assim você também diga Eu tenho umsonho. Dia para o seu irmão. Eu tenho um sonho.

I) Como valentes correrão (v. 7)

A palavra aqui usada “valente” é de corajoso, destemido, forte, bravura, e expressa a atitude de um guerreiro, de um soldado, e de um líder na Casa de Deus. O Apóstolo Paulo em II Timóteo 1:7 “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação (equilíbrio)”.

Valente é aquele que corre riscos e não fica estático (parado), mas avança para o seu alvo, objetivo, sonhos.

Valente é aquele que não fica a toa na vida pra ver a banda passar (como diz a canção de Chico Buarque), para ver o tempo passar, para ver a velhice chegar, para ver a morte chegar, e eu não ter feito nada por Jesus, e não ter realizado nada pelo Reino de Deus.

Você tem sido valente na Obra de Deus? Você tem conquistado vidas? Você tem avançado?

Você tem corrido atrás? Você tem saído da sua comodidade? Tenho sonhado os sonhos de Deus?

Como é que poderemos sonhar os sonhos de Deus, se não vamos a luta, se não conquistamos, se não saímos da toca?

O soldado valente vai atrás de seus objetivos que é de enfrentar o inimigo de frente!

Você pode até ter um sonho, ou sonhos, mas nada vai adiantar se você não for valente e corajoso!

Eu tenho um sonho! Ver milagres extraordinários acontecendo na Igreja de Itaberá e de ver vidas sendo salvas do inferno. E você qual é o teu sonho?

Se os teus sonhos forem alheios e indiferentes aos sonhos de Deus, era melhor você não ter nascido, é viver uma vida sem propósito.

II) Como homens de guerra subirão os muros (v. 7)

Naquela época da história, os povos da antiguidade (do Crescente Fértil - povos antigos da região da palestina), construíam cidades fortificadas, ou seja, cidades com imensos muros para se protegerem de animais ferozes, de salteadores (ladrões), e de principalmente de exércitos inimigos.

Para que uma cidade fortificada fosse tomada (conquistada) seria necessário transpor os muros e enfrentar os flecheiros (arqueiros) da defesa da cidade. Era uma tarefa difícil e muitos tombavam nesta tentativa.

Assim se nós desejamos almas para Cristo, é preciso subir os muros e ir mais além, transpor os muros e entrar no território inimigo e saquear as vidas que lá estão aprisionadas.

Subir os muros (muralhas) é enfrentar cara a cara o nosso inimigo. Subir os muros é ter disposição para não parar diante dos muros (das imensas fortalezas), pressões, contra ataques e retaliações das trevas.

Para quem sonha em ser usado por Deus, e ver a tua casa, teus familiares salvos pala Graça de Deus, é preciso subir os muros. Não parar diante das primeiras dificuldades.

Como diz a letra de um belo cântico antigo:

Vem com Josué lutar em Jericó, Jericó, Jericó
Vem com Josué lutar em Jericó, E as muralhas ruirão
Suba os montes devagar, Teu Senhor vai guerrear
Cerque os muros para mim, Pois Jericó chegou ao fim
As trombetas soarão, Abalando o céu e o chão
Cerque os muros para mim, Pois Jericó chegou ao fim

Amados, há um sonho a ser realizado, há uma Jericó a ser destruída, em Jericó muitas almas estão perdidas. Jericó é símbolo do mundo e tipifica também o mundo espiritual das trevas.

III) Irá cada um nos seus caminhos (v. 7)

O versículo aqui não está dizendo de cada um fazer o que quer (desordem / anarquia), pelo contrário cada um cumprirá a ordem a qual foi delegada. A ordem que nós recebemos está escrita em Marcos 16:15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.

Em uma vida de oração e de intimidade com Deus, você saberá qual será o teu caminho, qual será o teu ministério, qual será o teu chamado.

Você saberá qual será a obra que terá que realizar, qual será o teu lugar no Corpo de Cristo.

Você então dirá “Eu tenho um Sonho”..... e este sonho será estabelecer o Reino de Deus aqui nesta cidade, na minha célula, família, nos lares, no trabalho, na sociedade, e ver vidas aos pés de Jesus!

IV) E não se desviarão da sua fileira.

Quanto temos convicção do chamado de Deus para as nossas vidas, uma coisa é certa, os Sonhos de Deus se concretizando em nós. Não se desviar da fileira, é se manter fiel ao chamado de Deus? Manter-se fiel a visão!

Em qual fileira você está inserido(a)? Qual é a sua função / atividade no Corpo de Cristo (Igreja)?

Não se desviar da fileira é não frustrar o sonho. Não se desviar da fileira é não sair do propósito de Deus para o qual fomos chamados. Qual a visão? Qual o propósito? Você sabe qual é o propósito para o qual fostes salvo?

Provérbios 4:27:  “Não declines nem para a direita e nem para a esquerda; retira o teu pé do mal”

CONCLUSÃO:

Martin Luther King Jr., foi um dos homens que fizeram história no século 20. Este homem fez a história e a diferença em sua nação, o que fez porque pensava e atuava com ousadia. Ele nos pediu para voar e disse: "Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito".

Note bem amado(a), seja o que for que vier não desista do sonho. Seja perseverante neste propósito de servir a Deus, na igreja, na sua célula, no seu ministério.

Não deixe, não permita que o desânimo, que vozes das trevas, que as coisas insignificantes e pequenas impeçam de você ser usado por Deus neste ano.

Joel 2: 7  “Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e irá cada um nos seus caminhos, e não se desviarão da sua fileira”.

Meu amado corra a carreira que lhe está proposta antes da fundação do mundo. Há Jericós para serem destruídas.

Meu amado há muros (muralhas) para serem derrubadas, há muros de cegueira espiritual impedindo pessoas (nossos amigos, colegas, parentes e até mesmo estranhos), que precisam enxergar o grande amor de Deus.

Meu amado siga o caminho que Deus lhe mostrou, siga vencendo, conquiste, não pare, não desista.

Meu amado de maneira nenhuma perca o foco, perca a visão e se desvie da sua fileira.

Que você possa dizer “EU TENHO UM SONHO” é este seja o SONHO DE DEUS !!!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O Alívio Para a Alma!


“Quem tem sede venha a mim e beba...do seu interior correrão rios de água viva”. (Jo. 7:37-38)

INTRODUÇÃO

A Bíblia diz que viriam dias em que as pessoas teriam fome, mas não de pão esedemas não de água, mas sede e fome da Palavra do Senhor (Am. 8:11). Muitas pessoas têm andado de um lado para o outro com a almadestruída, carregando problemas que não conseguem resolver. Portas que se fecham, problemas familiares, dívidas, enfermidades, angústias. Por fora muitos estão se fazendo de fortes para não demonstrar, rindo para não chorar, maspor dentro existe uma alma faminta e sedenta, definhando sem poder saciar-se.

DESENVOLVIMENTO

Como há dor e sofrimentos neste mundo sem a Palavra de Deus! Gente vivendo como animais, almas destruídas pelos abusos de pai e mãe, pela solidão. Adultosque são feridos por se acharem rejeitados. A Palavra de Deus afirma: “Ainda queseu pai e sua mãe te abandonarem, o Senhor te recolherá.” (Sl. 27:10) Jesus veio saciar as almas de pessoas que desejam serem alimentadas, curadas pelas mãos do Pai. Ele é o caminho da salvação (At. 4:12).

A mulher samaritana (João 4:1-15 ler), era um exemplo de alma extremamentedestruída. Não era o sexo que saciaria sua alma. Não era o dinheiro, a fama ou muitos bens. Ela desejava a água viva! (Jo. 4:15). Ela era uma mulher religiosaque cumpria ritos religiosos, mas sua alma continuava sem a água viva. Sua religião não saciara sua sede e fome espiritual. Jesus declara aquela mulher queEle tinha uma água que a religião não podia dar, mas que ao receber da água de Jesus ela não teria mais sede espiritual.

Muitos estão com sua vida acabando, caminhando nas tradições da religiosidade em que foram ensinados, mas não conseguem se alimentar com a verdadeira e suprema Palavra de Deus! Só a Palavra tem poder de trazer alívio para a almado ser humano. Nenhuma ciência pode garantir que a pessoa não terá problemas de alma, crises existenciais, ou desesperada sede e fome, por encontrar uma saída ou uma solução. Jesus é a “porta” que todos aqueles que entram por Ele, entram e saem e acham alimento para a alma (Jo. 10:9 Leia). Quantas vezes nos encontramos sem saída, sem enxergar as possibilidades de um futuro melhor,não é? É neste momento que Jesus aparece através da Palavra e te diz: “Eu sou a porta!”. Quem sabe sua alma está faminta há muito tempo! A água que você tem tido acesso (coisas naturais), já não tem te saciado a sede. Quando você tem a água viva (Jesus através da Palavra), as coisas naturais deste mundo já não são tão essenciais! Esta água de Deus nos tira da dependência daquilo que era natural e que “saciava” temporariamente nossa alma. Relacionamentos em que aspessoas colocaram tanto investimento e se desmoronaram, por falta de caráter. O emprego que você tanto almejou e não deu certo. Um amigo que você tanto confiou e te traiu. Sua juventude e força que você tanto confiava e se ensoberbecia nelas, se perderam! Fontes naturais! Fontes que saciavam temporariamente. Não coloque seu foco nelas! Olhe e busque a Jesus!

CONCLUSÃO

Jesus respondeu ao tentador em (Lucas 4), acerca de sua necessidade natural: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que vem da boca de Deus”. Ele estava firmando em outras palavras, que quem saciava sua alma era a Palavra do Pai! Não coloque a sua segurança naquilo que você possui! Não sirva a Deus só por aquilo que Ele pode te dar. Seja fiel a Palavra de Deus e honre-a! Oque adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua própria alma? Se te pedirem sua alma nesta noite o que você terá para oferecer? Alívio espiritual e Vida Eterna, ou, desespero, dúvida, medo e morte eterna? Decida qual é a fonteque você irá beber! Jesus é a fonte de vida e paz! Jesus te ama!

Pense:

1- Você costuma até hoje saciar sua alma com o que?
2- Quem é Jesus para você?
3- Você sabia que o seu relógio da vida está em contagem regressiva? Que tipo de fonte você decidirá buscar?


Ministério Dinâmico

Como o obreiro do Senhor pode melhorar o seudesempenho


Nesta série de artigos sobre o tema "Ministério dinâmico", citarei 13 atitudes que o obreiro do Senhor Jesus deve ter para dinamizar o seu ministério. Neste primeiro artigo, tratarei de cinco atitudes.

Antes de tudo, é importante destacar que a Bíblia afirma a necessidade de oobreiro dinamizar o seu ministério. Paulo, por exemplo, em Filipenses 3.13,14, escreve:  “E avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo”. E em Romanos 11.13, ele diz: “...enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério”. Ou seja, o obreiro deve avançar no seu ministério e procurar "glorificá-lo".

Em 1 Coríntios 12.31, Paulo disse: “...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. Aqui, depois de falar sobre os dons espirituais, ele estava apresentado o amor como "um caminho ainda mais excelente". Mas, o que quero destacar nessa passagem é que o apóstolo estimula seus leitores a buscarem "um caminho ainda mais excelente". Em Jeremias 3.15, o profeta fala de "pastores (...) que vos apascentem com ciência e com inteligência". E 1 Cônicas 19.10 diz: “...fez escolha dentre os mais escolhidos de Israel”. Deus deseja que seus servos sirvam com ciência, inteligência e sejam selecionados entre os melhores ("os mais escolhidos").

Mas, como o obreiro do Senhor pode melhorar o seudesempenho?

Ele deve melhorar a si mesmo como pessoa; melhorar o seu preparo; melhorar o seu desempenho, como exemplo para o rebanho (1Pe 5.3). Vamos, portanto, as atitudes que o ajudarão nesse sentido.
 
1) O Obreiro deve ler muito - Todo obreiro deve ler muito. Ler sempre, e acima de tudo, a Bíblia. Mas também ler livros comuns, dicionários, comentários, manuais, atlas, gramáticas, devocionais, jornais, revistas etc. Paulo disse a Timóteo: "Persiste em ler" (1Tm 4.13).

O primeiro livro do Novo Testamento inicia com a palavra “livro” (Mt 1.1). E em 2 Timóteo 4.13, Paulo no final de seu ministério, no seu último livro, nos momentos finais de sua vida, falou sobre a importãncia da leitura para ele: "Quaqndo vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, eos livros,principalmente os pergaminhos".

2) O Obreiro deve cursar formalmente, e continuar com um bom autodidata - Fazer cursos bíblicos e também cursos seculares. Em Êxodo 5.1, observamos Moisés comparecendo perante Faraó, rei do Egito, o país mais desenvolvido daquela época, e ele era um homem preparado (At 7.22).

Em Atos 17.15ss, vemos Paulo em Atenas, o maior centro cultural daquela época. Paulo era um homem preparado.

Apolo, em Atos 18.24,25, é descrito como “eloqüente, poderoso nas Escrituras, e ensinava”.

3) O Obreiro deve fazer sempre sua autocrítica - O obreiro pode fazer isso de várias maneiras.
 
4) O Obreiro deve contactar e conviver com pessoas espirituais e cultas - Pessoas espirituais e cultas em cultura bíblica, e também secular; cultura polivalente. Geralmente, tais pessoas são simples na sua maneira de ser. Também o obreiro deve frequentar ambientes culturalmente seletos. Em Colossenses 4.7-18, podemos observar aqui os obreiros auxiliares que cooperavam, acompanhavam e assistiam o apóstolo Paulo nos seus trabalhos e nas suas viagens:
 
- Tíquico, vv 7,8.
- Onésimo, v.9.
- Aristarco, v.10.
- Marcos, o sobrinho de Barnabé, v.10
- Jesus, chamado Justo, v.11
- Epafras, v.12.
- Lucas, o médico amado, v.14.
- Ninfa, v.13 (no original, o nome Ninfa está no caso acusativo de declinação gramatical (Nymphan); daí não se saber se trata de nome masculino (Nymphas) ou o nome feminino (Nympha) (É o mesmo caso de Romanos 16.7, onde lemos “Júnia”. No original, está no caso acusativo: "Ioyniam").

5) O Obreiro deve cuidar bem da sua aparência e postura pessoal -Fazer sempre autoavaliação de sua postura e aparência pessoal, a saber:

- Higiene pessoal: saúde, banho, unhas, cabelo, barba, dentes, hálito, narinas, olhos, óculos, odores do corpo (axilas, pés, sudorese, estomatite), lenços, etc.
- Alimentação.
- Roupa que combine bem (inclusive terno de peças distintas).
- Atos 20.28, e 1 Timóteo 4.16 orienta o leitor: “Tende cuidado de ti mesmo”.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Resilência Espiritual.


Deuteronômio 32.36


Porque o Senhor fará justiça ao seu povo, e se compadecerá de seus servos; quando vir que o poder deles se foi, e não há preso nem desamparado.

Preâmbulo: Resilência é a capacidade de certos objetos de voltar ao normal depois de submetido à prova, estresse e tensão, exemplos: os elásticos, as varas de salto em altura se vergam sem quebrar e depois retorna à forma original. As fibras de um tapete de nylon elas recuperam a forma assim que acabam de ser pisadas e amassadas. O material em prova mostra sua plasticidade e elasticidade. Os objetos deformados por uma força externa voltam ao estado natural quando esta mesma força é cessada. A Resilência espiritual é igual o cristão ele consegue voltar ao normal depois da prova, da luta, da dor, do acidente etc.

I - ONDE PODEMOS OBSERVAR RESILÊNCIA

1. Resilência na administração:

Podemos ver a Resilência nas empresas que passam por certas crises e conseguem recuperar-se, reerguer-se, saindo vitoriosa. 

2. Resilência na ecologia:

Podemos ver a Resilência no meio ambiente, em frente a um impacto, por exemplo, uma queimada. As raízes depois de certo período podem voltar a brotar. (Jó 14.7-9) Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta.

3. Resilência na engenharia:

Podemos ver a Resilência até no resistente aço usado em grandes estruturas, se mostra flexível, quando é submetido à pressão e ao calor. Exemplos: A ponte Rio - Niterói, a cidade Administrativa de Minas Gerais. O aço cede a pressão, ao calor, mas voltam ao normal.

4. Resilência na psicologia:

Podemos ver a Resilência na capacidade do ser humano de retornar ao seu equilíbrio emocional após sofrer grandes pressões ou estresse. Depois das perdas, ser querido e de empresa. Depois das enfermidades, dos acidentes. Depois do choro. (Sl 30.5) O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

5. Resilência na teologia:

Podemos ver a Resilência na teologia encontramos pessoas dizendo que o sofrimento faz parte do crescimento espiritual até mesmo Jesus ensinou a dar a outra face.

II – O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE A RESILÊNCIA

1. Pessoas resilentes fazem uma fonte no vale árido:

(Sl 84.6) Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. Baca significa lagrimas. O Vale de Baca era chamado também de: O vale das Lamentações, vale Árido, vale de Lágrimas e vale das Bálsameiras. Este balsamo que crescia ali como planta rasteira, não precisava de água, ele chorava o seu balsamo perfumado que todos sentiam ao cruzar pelo vale de Baca. Todo viajante a Sião passava pelo vale de Baca. Sendo ele árido, caminhantes abriam poços para matar sua sede, o mesmo devemos fazer nós ao cruzar o vale da dificuldade.

2. Pessoas resilentes tiram força da Fraqueza:

(Hb 11.34) Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.

3. Pessoas resilentes agarram de promessas da Força:

(Is 40.29) Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. (Sl 28.8) O Senhor é a força do seu povo; também é a força salvadora do seu ungido. A força esta na casa de Deus. (Sl 96.6) Glória e majestade estão ante a sua face, força e formosura no seu santuário. O crente vai de força em força: (Sl 84.7) Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus.

4. Pessoas resilentes são levantadas do pó:

(Sl 117.7,8) Levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado, para fazê-lo assentar com os príncipes. Pó aqui é a expressão máxima de miséria, de pobreza, de necessidade.

III – TIPOS DE PESSOAS RESILENTES

1. A Resilência de José:

Odiado, desprezado, ameaçado de morte, vendido como escravo. (Gn 37.19) Vive no Egito 15 anos como escravo. Assediado pela mulher de Potifar, escapa ileso, mas passa 2 anos na prisão. (Gn 39.12-20) Sai de lá para ser o governador do Egito.

2. A Resilência de Sansão:

(Jz 15.15) Então Deus fendeu uma cavidade que estava na queixada; e saiu dela água, e bebeu; e recobrou o seu espírito e reanimou-se; por isso chamou aquele lugar: A fonte do que clama que está em Leí até ao dia de hoje.

3. A Resilência de Rute:

Rute teve 3 pessoas mortas na sua família, seu sogro Alimeleque, seu cunhado Malom e seu próprio marido Quiliom. Moram por quase 10 anos um pais estrangeiro por causa da fome. Volta a Israel, vive com sua sogra e da caridade recolhendo sobra de trigo nos campos de Boaz.

4. A Resilência de Pedro:

Depois de negar três vezes a Jesus, praguejando e jurando que não conhecia tal homem. Levanta-se restaurado no dia do Pentecoste e ganha três mil almas ao Senhor. (Mt 26.60-75)

5. A Resiliência de Paulo:

(2 Co 11.23-29) São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites... em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos. Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?

6. Jeroboão não teve Resilência:

(2 Cr 13.20) E Jeroboão não recobrou mais o seu poder nos dias de Abias; porém o Senhor o feriu, e morreu. Por quê? Jeroboão fez varias coisas erradas: Fez guerra contra Judá sendo irmãos. Modificou o culto original, colocando 2 bezerros de ouro desviando o povo que peregrinasse até Sião. Expulsou os sacerdotes de Deus, consagrou qualquer pessoa a sacerdote sem ser da linhagem de Levi, com um requisito de 7 carneiros, onde deveria ser dois.

IV – JÓ O TIPO CLÁSSICO DA RESILÊNCIA

1. Dificuldade na alma:

(Jó 6.2,3) Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! Porque, na verdade, mais pesada seria, do que a areia dos mares...

2. Dificuldade de alimentar-se:

(Jó 6.7) A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante.

3. Dificuldade da pele:

(Jó 7.5) A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável.

4. Dificuldade de respirar:

(Jó 9.18) Não me permite respirar, antes me farta de amarguras. 

5. Dificuldade de banhar-se:

(Jó 9.30,31) Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão, ainda me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão.

6. Resilência é esperança:

(Jó 19.25) Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.

7. Resilência é virada de cativeiro:

(Jó 42.10) E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

No Jardim da Esperança.


“ ...como o carvalho e a azinheira que depois de se desfolharem ainda ficam firmes...” Isaías 6:13.

Profeta Isaías era um admirador da natureza e se procurarmos com atenção, encontraremos diversas referências a ela em seus escritos. Ele descreve, em forma metafórica, o comportamento de árvores em comparação aos dos homens: salgueiro, videira, carvalho e azinheira são algumas das espécies que enumerei ao meditar nas profecias de Isaías; o homem que por três anos, andou seminu e descalço. Penso que esse estilo incomum de vida, por vezes o afastava da cidade, conduzindo-o a jardins e desertos, em reflexão de vida, oração e contemplação da natureza. Foi Isaías quem profetizou: “E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco em número que um menino as contará” Is 10:19 o verso se refere a governos, mas também fica claro a revelação sobre o desmatamento florestal, fato que já ocorre em nossos dias e ganhará maiores e devastadoras proporções no futuro.

É verdade, a natureza diz muito sobre a vida. Quem sabe, Isaías, o homem nu, tenha encontrado conforto para si na linguagem das árvores, na forma como Deus sabiamente ministra através delas. Por isso, te convido a passearmos juntos nas plantações: Eu, você e Isaías. Vamos aprender com o carvalho e a azinheira?

A Azinheira:
É uma árvore tipicamente mediterrânea. Sua madeira é tão resistente que é difícil ser trabalhada, ainda assim, historiadores afirmam que foi dessa madeira que surgiram os primeiros inventos da roda. Marceneiros da Argélia preferem trabalhar com essa árvore, apesar de calejar mais as mãos, as obras têm mais durabilidade. Essa resistência toda encontrada na azinheira, vem de um componente chamado ácido tânico, ele que encorpa e endurece a madeira da azinheira. Mas não é só a madeira da planta que é de alta qualidade, suas folhas também são duráveis, vejam só o que encontrei sobre as folhas da azinheira:

"Os gregos antigos tinham a azinheira em alta, embora mais por razões simbólicas do que práticas. As folhas da árvore foram pensadas para ser infalível e foram usadas para predizer o futuro. Elas também foram usadas para coroas de honra para as pessoas de distinção. A bolota (fruto da azinheira) era visto como um sinal de fertilidade e jóias usadas como pingentes e colares com bolotas de imitação foi acreditado para aumentar as chances de ser fértil."

Ou, ou, vamos convidar os gregos a se retirarem desse nosso passeio, superstição até que rima com revelação, mas não tem nenhuma ligação! Ora vejam senhores gregos, Deus é o Único: Onipotente, onipresente e Onisciente, o futuro a Ele pertence! E por favor, nada de fazer coroas de honra com folhas de azinheira, em pouco tempo a honra dos heróis gregos passará e a coroa ficará encostada em algum lugar. Lhes apresento, a coroa de glória que está posta sobre a cabeça do Rei dos Reis o que nunca há de passar. Guardem essa lição: “E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada.” Ap 14:14. Bem, se depois disso se comportarem melhor e não ficarem destruindo a copa das azinheiras, podem ficar conosco.

A azinheira, assim como o carvalho, cresce bastante e em qualquer tipo de solo, porém ela prefere o calor. Atualmente existem muitos países que cultivam a azinheira em suas florestas por ser ela de grande resistência ao fogo. Inglaterra e Portugal estão inseridos nesse contexto.

O Carvalho
Já fiz outros estudos sobre ele, e confesso: é uma árvore inspiradora, imponente! Carvalhos ficam mais fortes a cada tempestade. Os mais antigos, apresentam tronco bem grossos e disformes, é que por receberem mais embates (raios, chuva forte e etc) as raízes se aprofundam para dar maior sustentação , consequentemente a árvore fica maior e mais forte. Carvalhos carregam em si as marcas das lutas e das vitórias. As folhas do carvalho, não caem facilmente e costumam durar uma estação inteirinha grudadas nos galhos. Elas apresentam queda tardia e quando chega a primavera, lá estão elas ainda nas árvores, por isso diz-se que as folhas do carvalho são marcescente. É comum ver carvalhos e azinheiras em um mesmo ambiente. Como aqui em nosso passeio com Isaías, percebem? 

Isaías? Lá está ele, reservado e contemplativo, parece em oração. Depois o indagaremos sobre isso, certamente ele terá coisas incríveis para nos dizer!

Aprendendo com o profeta Isaías: lições dos carvalhos e azinheiras
"Porém ainda a décima parte ficará nela, e tornará a ser pastada; e como o carvalho, e como a azinheira, que depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela." Isaías 6:13

Nosso passeio já estava chegando ao fim quando o profeta se aproxima de nós e em metáfora nos exorta a sermos firmes tal qual as árvores que observamos. Nos despedimos e voltei para casa com aquela frase grudada nos sentidos, tal qual as folhas do carvalho quando grudam em seus galhos e só despregam em outra estação. O que Deus estaria me dizendo?

Essas árvores se tornam mais fortes quando confrontadas com as adversidades, isso não é para elas uma tragédia, mas uma oportunidade de demonstrarem a força da superação que compõe suas essências. Despidas de suas folhas, essas árvores, são a representação da esperança e renascimento, elas não abandonam os galhos facilmente, mas aguardam nova estação para florescerem. Azinheiras, especialmente murcham e logo reverdecem, sequer dão chance a tristeza e a solidão. Elas sorriem mesmo em pedaços, porque sabem que a redenção está próxima. Não morrer, não desistir, não perder a fé, mesmo que o mundo lance “raios e fortes tempestades” em sua direção. Façamos como o carvalho, aprofundemos nossas raízes, firmando-nos em Cristo Jesus porque disso advém a fortaleza do cristão. Se o carvalho e a azinheira permanecem de pé quando já deveriam estar abatidas ao chão, é porque o segredo está na raiz. Lá estão, lá permanecerão como memorial de resistência e não apenas isso, de vitória.

Não há homem que esteja livre da opressão, contudo alguns se entregam e outros vencem. Os que se entregam, vivem eterna tragédia: O mundo gira e eles com o mundo sendo levados pelas tempestades. O mundo é um espiral que tenta nos “sugar” para o abismo da morte, em morte mesmo na vida. É uma floresta em que machados tinem com ânsia de devastação. Mas, se houverem carvalhos e azinheiras, nem abismo, nem devastação. 

O cristão é cidadão de dois mundos: estrangeiro na terra , com estadia eterna no céu e nisso consiste nosso segredo, nas raízes: Rm 8:18 Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Vislumbramos o eterno vivendo o passageiro. Profeta Isaías, no verso sobre carvalho e azinheira, diz que a santa semente ficará firme, mesmo depois de ter sido sacudida, provada, ela será a firmeza da terra. A santa semente, são os filhos de Deus, os que permanecem confiando, mesmo quando tudo está sendo sacudido: as folhas caem, murcham, mas como espanto, permanecem firmes e prosperando.

Quero ser tal qual o carvalho e a azinheira porque em mim habita a certeza da salvação, do mesmo Espírito que ressuscitou a Jesus, e Ele há de ressuscitar Suas promessas em mim. Disse Jó, do alto de sua miséria: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus", Jó 19:25-26. Depois de todo sofrimento, lá estava Jó mais firme e próspero do que nunca: Jó carvalho e azinheira.

Deus os abençoe.

Campo de Guerra Espiritual Efésios 6.10-18


INTRODUÇÃO

Vida cristã não é colônia de férias, mas campo de batalha. Quem não é um guerreiro é uma vítima. Nesta luta ninguém pode ficar neutro. Trata-se de uma guerra espiritual.

Quanto a essa matéria há dois perigos, dois extremos, ambos nocivos à vida da igreja:

a. SUBESTIMAR O INIMIGO

Hoje, muitas pessoas incautas negam a existência do diabo, desconhecem seu poder, suas armas, seus agentes e suas estratégias. Acham que o diabo é apenas uma energia negativa que está dentro do próprio homem ou um ser místico que apenas existe na mente fraca daqueles que não alcançaram a plena luz da razão.

b. SUPERESTIMAR O INIMIGO

Há aqueles que falam mais do diabo do que de Deus. Falam tanto do seu poder, de suas armas e estratégias, que subestimam o poder de Deus.

Dito isso, convém começar nossa exposição sabendo já duas coisas:

1. CONTRA QUEM É NOSSA LUTA

1.1. Quem não é o inimigo

Em primeiro lugar precisamos entender contra quem não é a nossa luta. “A nossa luta não é contra a carne ou sangue” (Ef 6.12), ou seja, a nossa luta não é contra pessoas. Muitas vezes o povo de Deus sofre terrivelmente por não entender contra quem está lutando. É um grande perigo alguém detonar suas armas sem ter um alvo certo. Há muitos crentes que estão entrando na batalha, mas estão ferindo os próprios irmãos.

1.2. Quem é o inimigo

Em segundo lugar, precisamos saber contra quem é a nossa luta. Em Efésios 6.11 Paulo diz precisamos estar firmes contra as ciladas do diabo. Ele é o nosso inimigo. Contra ele é que devemos lutar. A Bíblia atribui diversos nomes a esse terrível ser totalmente corrompido e mau: Satanás, diabo, Abadom, Apoliom, antiga serpente, dragão, assassino, pai da mentira, tentador, maligno, acusador, adversário, deus deste século, príncipe da potestade do ar, Belzebu, demônio, espírito imundo etc. Contudo, esse anjo caído, já foi vencido e despojado por Cristo (Cl 2.12-15) e não tem poder para destruir aqueles que estão em Deus (1 Jo 5.18).

2. AS ESTRATÉGIAS DO DIABO

Efésios 6.11 nos fala que o diabo usa ciladas. Aqui precisamos entender algo muito importante: o diabo não precisa usar cilada para quem já é dele. Vamos ilustrar. Há um quadro muito conhecido que circula no meio evangélico como ornamento de templos, casas, chamado OS DOIS CAMINHOS. Esse quadro retrata a realidade do céu e do inferno. O caminho largo que conduz ao inferno e o caminho estreito que leva ao céu. Mas, esse quadro, também apresenta uma heresia: ele mostra um grupo de pessoas que está antes dos dois caminhos, ou seja, um grupo que não está nem no caminho largo nem no estreito, como se fosse possível ficar neutro ou à parte desses dois caminhos. Isso não é possível.

Você está no caminho estreito ou no caminho largo. Você está indo para o céu, ou para o inferno. Não há meio-termo.

Quem não está debaixo do senhorio de Cristo, está vivendo sob a potestade de Satanás. É isso que Paulo diz em Atos 26.18, pois, converter-se é uma pessoa sair debaixo da potestade de Satanás para sujeitar-se a Deus. O apóstolo ensina o mesmo em Colossenses 1.13, quando afirma que a nossa salvação é como ser transportado do império das trevas para o Reino da luz. Ninguém está equidistante desses dois caminhos.

Sendo assim, precisamos conhecer as principais estratégias que o inimigo, usa contra o povo de Deus.

2.1. Servir a Deus sem sair do Egito

Um dos livros mais importantes sobre a batalha espiritual é o livro de Êxodo. Nele encontramos as forças do mal conspirando contra o povo de Deus. Faraó é um símbolo do nosso arqui-inimigo. Quando Moisés foi a ele, pedindo-lhe que deixasse o povo ir, Faraó, ardilosamente, usou de astúcia para reter o povo no Egito. A primeira proposta que fez a Moisés foi para que o povo servisse a Deus no Egito mesmo (Êx 8.25). Faraó queria que o povo servisse a Deus no cativeiro. Egito é símbolo do mundo e da escravidão ao pecado. A proposta de Faraó era para que o povo conciliasse, culto, adoração, serviço a Deus com a permanência no cativeiro, com a vida acorrentada no pecado. A Bíblia diz que o amor do Pai não está naquele que ama o mundo (1 Jo 2.15). Quem é amigo do mundo se constitui inimigo de Deus (Tg 4.4). A Palavra diz que não podemos conformar-nos com este mundo (Rm 12.1). Não podemos servir a Deus sem romper com o mundo.

2.2. Saia do Egito, mas fique por perto

A outra proposta do Faraó a Moisés foi: Pode levar o povo para servir a Deus, mas não vá muito longe (Êx 8.28). Essa cilada é muito sutil e muito perigosa. Há muitos crentes debilitados, neutralizados e infrutíferos, vitimados por essa armadilha do inferno. Pessoas que já saíram do Egito, já romperam com a escravidão do pecado, já deixaram para trás os vícios, já abandonaram toda sorte de cabresto, mas, em vez de fazerem um rompimento radical, ficam curtindo um saudosismo da velha vida, flertando com o pecado, namorando a tentação, vivendo em campo minado, nas regiões de perigo. São crentes que têm medo de uma consagração profunda, são crentes que servem a Deus, mas ainda não se libertaram totalmente dos encantos do Egito.

O diabo vai fazer de tudo para mantê-lo perto do Egito, mostrando-lhe todos os brilhos multicores e policromáticos do pecado. Ele vai encher os seus olhos com as atrações mais encantadoras. A única coisa que ele não lhe mostrará é o salário do pecado, a morte. Ele não quer vê-lo saindo do Egito com determinação para assumir um compromisso de andar com Deus em novidade de vida.

2.3. Saia do Egito, mas deixe os seus filhos

Noutra proposta feita a Moisés, Faraó até permitiria que o povo saísse, desde que as crianças e os jovens ficassem no Egito. Esse é um laço mortal para a família. O que o diabo quer é arrebentar com a família. Ele é ladrão. Ele veio para roubar, matar e destruir. Ele quer dividir a família, rasgá-la ao meio, gerando nela divisão, a contenda e o conflito espiritual.

A coisa que mais perturba o diabo é ver a família unida, servindo a Deus. Ele não gosta de ver lares no altar de Deus. Ele emprega todos os seus métodos todos e todos os seus esforços para atacar a unidade da família. Veja essa cilada do diabo configurada na proposta de Faraó a Moisés em Êxodo 10.10,11. Ele abre mão das pessoas maduras, vividas, desde que possa investir nas crianças e nos jovens, retendo-os no Egito. É importante ressaltar que esse laço tem mantido muitos crentes presos. Hoje há uma orquestração concentrada na derrocada dos jovens e das crianças. O diabo emprega todas as suas armas e utiliza todo o seu terrível arsenal para torpedear a família, visando a atingir principalmente os jovens e as crianças.

O diabo é um estelionatário. Ele oferece prazer, e dá desgosto. Ele promete diversão, e dá frustração. Ele promete vida, e dá a morte. O lugar do jovem curtir a vida, gozar a vida, não é no Egito, nem no mundo, mas no altar de Deus. Só na presença de Deus há plenitude de alegria. Um dia nos átrios de Deus vale mais do que mil dias nas tendas da perversidade.

2.4. Saia do Egito, mas deixe o dinheiro.

Quando Faraó percebeu a determinação de Moisés de não deixar no Egito os jovens e as crianças, deu a sua última cartada. Propôs a Moisés que o povo saísse do Egito, mas deixasse seus rebanhos. Em outras palavras, Faraó estava dizendo: vocês servem a Deus, mas o dinheiro de vocês serve ao Egito. Esse é um laço que tem derrubado muitos crentes. Há crentes que converteram o coração, mas ainda não converteram o bolso. Há crentes que tem o coração não nos tesouros do céu, onde os ladrões não escavam nem roubam, mas nos tesouros da terra. Há crentes que põem o coração nas riquezas, e não consagram seus bens a Deus e ao serviço dele. Pior do que isso é o fato de muitos crentes, além de não colocarem seus bens no altar, a serviço de Deus, ainda tomarem à força, acintosamente a parte que pertence a Deus, sonegando os dízimos.

Moisés porém, não aceitou a exigência de Faraó, pois tudo o que somos e temos precisa estar a serviço de Deus. Foi assim que Moisés entendeu e foi assim que ele disse a Faraó: Nem uma unha ficará no Egito (Êx 10.26). Para Moisés, servir a Deus exige um rompimento total com o mundo. Não podemos deixar nada para trás. Não podemos servir a Deus com o coração dividido.

Nosso Deus merece o melhor. Merece tudo o que somos e temos. Tudo deve estar no seu altar e no seu serviço.

CONCLUSÃO

O diabo não desiste de lutar. Ele é perseverante no seu ataque e nos seus ardis. Foi assim com Jesus no deserto. O diabo tentou durante quarenta dias, mas foi vencido por Cristo. Então o diabo deixou até o momento oportuno (Lc 4.13).Jesus discerniu suas ciladas em todas as situações e derrotou-o em todas as suas investidas.

Você não pode viver hoje com os triunfos da vitória do passado. Ontem você colheu vitória, mas hoje, se não vigiar, pode sofrer uma derrota humilhante. Davi matou um leão, triunfou sobre um urso, matou um gigante, venceu exércitos, conquistou glórias e fama, porém, deixou de vigiar um minuto e caiu vergonhosamente no pecado (2 Sm 11).

O segredo da liberdade é a constante vigilância. Nosso adversário não dorme nem tira férias. Precisamos estar atentos a todo instante, pois a luta continua enquanto aqui vivemos.