quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pastora Rita Santana - "Coragem para lutar". - Efésios 6: 10 - 20.

Vencendo o Gigante da Inveja

Romanos 1:18-32


Será que é pecado desejar possuir bens, boa aparência física, posição social etc? Ou o pecado é não lutar por alcançá-los de modo correto?

inveja é o desejo de possuir estas e outras coisas por meios ilícitos, tendo como ponto de partida o olhar fixo no que é dos outrosdesejando para si,lamentando por que ainda não está em seu poder. É um ressentimentoprofundo, que se aninha na mente da pessoa e passa logo a gerar outras ações, tais como a cobiça, a ganância, a maledicência. O dolo entra em cena e tudo termina em contendas, e até em morte, tal como aconteceu com Abel (Gn 4.8) e com Nabote (I Rs 21.1-16).

inveja e os outros males surgiram no Éden (Gn 3.5), e se fazem presentes em todos os lugares, causando contendas e guerras (Tg 4.1,2), sendo sua pri­meira vítima o seu possuidor, depois aqueles que são o seu alvo. É algo que acontece até com nações que se apoderam dos recursos econômicos de outras menos capazes de administração.

Breve Análise do Texto

O texto básico registra a mudança ocorrida no ser humano, sua degeneração. Os homens passaram a valorizar as obras da criação, fazendo delas o seu deus, desentronizando de suas vidas o Deus Criador, e tentando ocupar o lugar do mesmo. Pela concupiscencia dos seus corações, diz Paulo: "Deus entregou tais homens à imundície" (v. 24), "a paixões infames" (v. 26), "a uma disposição men­tal reprovável, para praticarem coisas incovenientes" (v. 28).

Na relação de tais coisas, em número de 21, não sendo uma lista completa, pois em Gálatas 5.21, o apóstolo afirma: "e cousas semelhantes a estas", ele inclui o tema deste estudo.

Algo sério no texto básico é que tal prática é feita com conhecimento da verda­de (v.21) e até mesmos os gentios assim agem. Não há exceção para ninguém.

Tópicos para Reflexão


1. DEFINIÇÃO

Provérbios 14.30b diz que "a inveja é a podridão dos ossos". Todo o corpo nãopossui firmeza. A inveja é a doença da alma, uma ::snça espiritual. Diz C. Hodge: "É um câncer da alma" (Teologia Sistemática, Vol. Ill, p. 464).

Caracteriza-se como realmente é:

a) um sentimento de desgosto ou pesar peio bem dos outros;
b) um desejo violento de possuir o bem alheio;
c) um sentimento de ódio para com os mais favorecidos;
d) um desejo de impedi-los de possuir tais bens e de vê-los destruídos.

inveja colocada na mente humana é como um germe que se encarrega de criaroutros males que, agrupados ao redor de si, formarão um exército em guerra, lutando para conseguir os fins por ele propostos. Esta for­ça de ação é tão elevada que Provérbios 27.4 diz: "Cruel é o furor e impetuosa a ira, mas quem pode resistir à inveja?" Ela não atua só, pois se assim fosse, ninguém seria atin­gido;não passaria de um pensamento, sen­do o invejoso a única vítima. Entretanto, o que se conhece é que o pensamento invejoso está integrado por outroscompanheiros ofensi­vos.

A história do comportamento de Saul em relação a Davi é uma das evidências desta as­sociação de males, pois, após a morte de Golias, efetuada por Davi, e sua aclamação feita pelas mulheres, Saul passa a ter um sen­timento de inveja e, "daquele dia em diante, Saul não via Davi com bons olhos"; e procu­rou eliminá-lo (I Sm 18.6-16).

É tão real esta integração de males que provém do coração humano ainda nãorege­nerado, que o Senhor Jesus, em Marcos 7.21 -23 e Paulo, Tiago e Pedro, em vários textos (II Co 12.20; Gl 5.19-21; I Tm 6.4; Tt 3.3; Tg 3.14; I Pe 2.1), os mencionam, estando a in­veja entre eles, quer a palavra declinada ou os seus efeitos descritos nos demais componen­tes.

2. CONSEQUÊNCIAS DA INVEJA

Sendo a inveja um ressentimento aninha­do no coração do homem, conclui-se que o invejoso vive em torturas da sua alma, tendo em si a destruição de alguns bons princípios de vida (SI 73.2,3). A condição de vida do invejoso é marcada por reclamações, por ex­pressões de revoltas visíveis no próprio rosto (Gn 4.5; I Rs. 21.4-7). É a batalha interna do coração, por não ver seus intentos realizados. A luta continua e outros atos maus vão sendo levados a efeito, até que se consiga o pro­posto. Os meios usados, sejam quais forem, se justificam pelos fins propostos.

A Bíblia nos apresenta inúmeros exem­plos das consequências causadas pelainveja e os seus integrantes. Eis alguns:

a) Abel é assassinado pelo próprio irmão, Caim, que, possuído de inveja, irou-se e, dolosamente, mesmo advertido por Deus (Gn 4.5-8), praticou um crime, tornando-se exem­plo negativo para todas as gerações (Hb 11.4; I Jo 3.12 e Jd 11);

b) Isaque é expulso de Gerar por ter se enriquecido (Gn 26.12-17);

c) Os irmãos de José tentam matá-lo e de­pois o vendem (Gn 37.11,20; 26-28; At 7.9);

d) Nabote é julgado e assassinado, sem ter o direito de defesa (I Rs 21.1 -16);

e) O próprio Cristo foi entregue pelos in­vejosos líderes religiosos (Mt 27.18);

f) Os apóstolos sofreram também, da mes­ma classe de pessoas, perseguições (At 5.17,18; 13.45).

inveja conduz o ser humano a um miserável estado de vítima, impedindo-o de repa­rar suas próprias deficiências, corrigindo-as e se tornando capaz de conseguir, por meios lícitos, as mesmas condições de vida.

O invejoso é governado por diretrizes por ele elaboradas, e não sob as normas divinas, pois de Deus está alienado. Da sua lingua­gem e modo de vida, a prática da Lei Áurea estabelecida por Deus, registrada em Deuteronômio 6.5, Levítico 19.18 e Mateus 22.37-39, não faz parte, pois para ele Deus e o próximo não existem.

Mas a pior consequência é a eterna, pois Paulo afirma: "São passíveis de morte os que tais coisas praticam" (v. 32).

3. LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL

Para todas as espécies de males espiritu­ais, Deus preparou os meios suficientespara a cura e libertação. Ele não deseja que o pe­cador seja vítima eterna de Satanás, alienado de sua presença. Deus, no Éden, prometeu a vinda de seu Filhopara pagar o preço desta libertação com sua morte. Não há corrupto, por pior que seja, que não possa ser transfor­mado; nem pecado sem perdão em Cristo.

Zaqueu é uma prova evidente desta trans­formação, pois, por meios ilícitos, enrique­cera-se, mas dispôs-se a corrigir as fraudes cometidas (Lc 19.8).

Deus veio em Jesus Cristo para nos liber­tar do império das trevas, e o próprio Cristo declarou como obter tal libertação (Jo 8.32,36; Cl 1.13,14). Há libertação à dispo­sição de todos os que são vítimas dos males do coração.

Para que isto ocorra, é necessário conhe­cer a Palavra de Deus e aceitá-la, pois o Espí­rito Santo está executando a sua missão de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Ele ilumina o cristão (Rm 14.26), intercedendo pelos regenerados (Rm 8.26,27), concedendo a convicção de "ser nova criatura" (II Co 5.16) e de poder viver seguro de que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1), pois cumpre-se nele a mensagem de Roma­nos 8.30.

O coração do pecador, cheio de inveja e demais males por ela gerados e a ela associa­dos, pode ser purificado e tornar-se lugar es­pecial de guardar a Palavra de Deus (S1119.9, 11,97)). Onde há lugar para o amor de Deus, este o conduz à prática das boas obras.

Este mal tão terrível, conforme observou o sábio (Pv 14.30; 27.4), continua sendo uma realidade constante, até mesmo com boa apa­rência (Fp 1.15), procurando aninhar-se to­talmente no coração do crente. O que fazer? Paulo ensina:

a) Encher-se do Espírito Santo e não entristecê-lo (Ef 4.30; 5.18);

b) Viver de modo digno da vocação (Ef 4.1-3);

c) Lançar distante tais males (Ef 4.31);
d) Exercitar o domínio próprio (Gl 5.22). Em I Pedro 2.1 e 2, o apóstolo determina o despojamento destes males e o desejo de ali­mentar-se espiritualmente. Para que tudo se efetue, é necessário enquadrar-se na bem-aventurança proposta por Cristo em Apocalipse 1.3, que é ler, ouvir e guardar o que está escrito. Não se pode descuidar da oração como ato de vigilância (I Pe 5.8), sa­bendo que o adágio popular declara: "Mente vazia, oficina de Satanás".

Reflexão Pessoal

1. A inveja tem achado lugar em seu coração? Como você tem enfrentado esse pecado?
2. Alguma vez você já sofreu as consequências da inveja?





fonte:http://www.estudosgospel.com.br/

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Ser Como uma Criança

Mateus 18:1-5, 10-12


1. introdução

O maior propósito da Igreja no mundo, é promover o crescimento do reino deDeus. Jesus, certa vez falando do reino, disse: “O reino de Deus é semelhante a um tesouro escondido num campo”.(Mt. 13:44) Hoje Deus tem esse reino para cada um de nós. Nesse reino há paz e justiça.

Em Mateus 18, Jesus esta descrevendo algumas das condições para que possamos entrar e participar do reino de Deus. Vejamos então.

2. TEMA

Ser como uma criança é a principal condição para entrarmos no reino de Deus. Vejamos o que Jesus quer nos ensinar quando nos manda ser como crianças.

2.1 A criança não é dominada por ambições v.1

Mateus 18:1: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?”

Estavam em volta de Jesus os discípulos. Aqueles homens andavam com Jesus, durante dias e meses. Aprendiam com Jesus a ter uma vida simples, a amarem ao próximo e a Deus. Porém, alguns dos discípulos estavam preocupados com promoções e posições importantes dentro do reino de Cristo.

Os discípulos perguntam: “Quem é o maior no reino de Deus?”. Essa pergunta demonstra que alguns discípulos estavam seguindo Jesus com interesses em promoção pessoal, conquista de sucesso  e de posições importantes. Essa pergunta também revela que a motivação de alguns discípulos para servir aDeus, estava errada.

A ambição é o sentimento que move milhões de corações. A ambição é muitas vezes, o sentimento que faz uma pessoa nunca se contentar com o ganha e viver eternamente insatisfeita, sempre querendo ter mais. A ambição é sentimento que faz o homem esquecer que ele nada trouxe para o mundo e nada vai levar dele quando morrer. No Éden, foi a ambição que destruiu o homem, e o fez pecar contra Deus. A ambição faz pessoas e até anjos quererem ser maior que Deus.

Muitas pessoas hoje, estão vendo o Reino de Deus como estes discípulos. Estesdiscípulos estavam com uma visão carnal do reino de Deus. Estavam preocupados com hierarquias, posições e  vantagens….

(João 13:3-7). ILUSTRAÇÃO: Consigo ver aquela sala onde Jesus estava com osdiscípulos. Vejo  ali, os discípulos preocupados com questões da vida humana. E ali no cantinho daquela sala permanecia a toalha e a bacia cheia de água. Nenhum dos discípulos teve a iniciativa de servir. Vejo ali naquela sala,  osdiscípulos preocupados com as posições e as hierarquias dentro da Igreja, com quem entre eles era o mais importante. Porém, a toalha e a bacia cheia dágua continuavam ali. Ninguém queria servir. De repente, algo inesperado acontece. O próprio Jesus se levanta pega a toalha, o balde cheio de água e então começa a lavar os pés dos seus discípulos. Naquela sala, surge alguém que queria servir!!!

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus pergunta: “entendeis o que eu fiz?”Jesus está nos mostrando que no reino de Deus é importante servir. NO REINO DE DEUS A MAIS HONRADA POSIÇÃO É A DO SERVO.

2.2 A criança não tem preconceitos

Marcos 10:15: “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus comouma criança de maneira nenhuma entrará nele”.

Muitas pessoas, impõem suas idéias sobre Deus, suas crenças e pensamentos, o que as impede de ter uma experiência maior com Ele. A criança acredita naquilo que dizemos a ela, sem preconceitos e imposições. Para sermos abençoados porDeus, precisamos ter a mente de Cristo.

Zaqueu teve a vida mudada, porque Ele foi até Jesus sem quaisquer preconceitos. Ele desceu de um sicômoro, foi alegremente até Cristo, fez um banquete e decidiu mudar a sua vida, sem qualquer preconceito.

2.3 A criança é humilde v.4

Mateus 18:4  Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.

Ali estava entre os discípulos uma criança tão humilde, que fez Jesus cita-lacomo exemplo de humildade.

A humildade é uma das virtudes que mais agrada Deus. “…porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”.  (I Pedro 5:5)

A humildade deve ser vivenciada em dois aspectos. Horizontalmente, temos o dever de ser humildes no tratamento com as pessoas. Muitos casamentos acabam, porque marido e esposa são incapazes de abrir mão ou de ceder. Ohumilde é capaz de ceder para gerar o bem estar do próximo.

O outro aspecto da humildade é vertical. Precisamos ser humildes em nosso relacionamento com Deus. Jesus diz: “Bem aventurados os humildes de espírito….”. O humilde de espírito reconhece sua carência de Deus. Ele sabe que não pode viver sem Deus em sua vida. E é isso, que faz essa pessoa ir em busca de Deus a cada dia.

Foi cheio desse espírito de humildade que um centurião disse a Jesus: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto,  mas dize somente uma palavra e o meu criado ficará são.”  Foi essa humildade em receber Jesus, que trouxe cura para o criado do centurião.

3. conclusão

Deus está convidando você para ter um relacionamento com Ele honesto e sem barreiras. Tenha o coração de uma criança se quiser entrar no reino de Deus.




fonte:http://www.estudosgospel.com.br/

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Pastora Rita Santana - Mt 24: 36 - " O sermão continua exortação a vigil...

O Temor do Senhor

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.”  Dt 6.1-2 

         Um mandamento freqüente ao povo de Deus do AT é “temer a Deus” ou“temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.

O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS.

         O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus.
        (1) É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, i.e., conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (cf. Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.
        (2) Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (ver Fp 2.12 nota). Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o povo inteiro “estremeceu” (Êx 19.16) e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus (Êx 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente:
 
“Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8,9).

        (3) O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio,“temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR” (ver Êx 14.31 nota). Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no SENHOR; ele é vosso auxílio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia (Lc 1.50; cf. Sl 103.11; 130.4).
        (4) Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (cf. Sl 76.7,8). Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir” (9.19).

RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS.

          As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor.
        (1) Devemos temê-lo por causa do seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas (Sl 33.6-9; 96.4-5; Jo 1.9).
        (2) Além disso, o poder inspirador de santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo (Êx 20.18-20; Ec 3.14; Jn 1.11-16; Mc 4.39-41).
         (3) Quando nós nos apercebemos da santidade do nosso Deus, i.e., sua separação do pecado, e sua aversão constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo (Ap 15.4).
        (4) Todos quantos contemplarem o esplendor da glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor (Mt 17.1-8).
        (5) As bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos pecados (Sl 130.4), devem nos levar a temê-lo e a amá-lo (1Sm 12.24; Sl 34.9; 67.7; Jr 5.24.
        (6) É indubitável que o fato de Deus ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera o temor a Ele (17.12-13; Is 59.18,19; Ml 3.5; Hb 10.26-31). É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia as nossas ações, tanto as boas quanto as más, e que seremos responsabilizados por essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.

CONOTAÇÕES PESSOAIS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS.

         O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas maneiras.
        (1) Primeiramente, se realmente tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos sempre um “não” estridente ao pecado. Uma das razões por que Deus inspirou temor nos israelitas no monte Sinai foi para que aprendessem a desviar-se do pecado e a obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor ao Senhor e o serviço e a obediência a Ele (e.g., 5.29; 6.2, 24; 10.12; 13.4; 17.19; 31.12). Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a deleitar-se nos seus mandamentos (Sl 112.1) e seguir os seus preceitos (Sl 119.63). Salomão ensinou que “pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal” (Pv 16.6; cf. 8.13). Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume-se em dois breves imperativos: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13). Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniqüidade, assim faz porque “não há temor de Deus perante os seus olhos” (Sl 36.1-4).
        (2) Um corolário importante da conotação supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abominar o pecado e a guardar os santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1-2, 6-9). A Bíblia declara freqüentemente que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; cf. Jó 28.28; Pv 1.7; 9.10).
         Visto que um alvo básico na educação dos nossos filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo (ver o estudo PAIS E FILHOS.
        (3) O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus. Assim como há um efeito santificante na verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante no temor a Deus. Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal (Pv 3.7; 8.13; 16.6). Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos (Pv 10.19; Ec 5.2,6,7). Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é santo e libertador no seu efeito.
        (4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23). Davi equipara a congregação dos que adoram a Deus com “os que o temem” (Sl 22.25). Igualmente, no final da história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória... E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.6,7).
        (5) Deus promete que recompensará a todos que o temem. “O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22.4). Outras recompensas prometidas são a proteção da morte (Pv 14.26,27), provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa (Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem sucede aos que temem a Deus”, não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).
        (6) Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O NT vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção (ver 1.26 nota); por outro lado, os que temem a Deus e guardam os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que Deus vai “livrar a sua alma da morte” (Sl 33.18,19. 



fonte:http://www.estudosgospel.com.br/