terça-feira, 25 de agosto de 2015

Paciência - O Fruto da Perseverança

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.” (Romanos 12:12)

"Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:11)

Paciência e perseverança são virtudes cristãs imprescindíveis aos que aguardam a volta de Cristo.

A PACIÊNCIA DOS CRENTES DE TESSALÔNICA

"De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais." (2 Tessalonicenses 1:4)

AGUARDANDO COM PACIÊNCIA SUA COMPLETA SALVAÇÃO

"Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos." (Romanos 8:24-25)

Todos os sofrimentos do momento enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflição devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão concedidos ao crente fiel, na era vindoura

"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente." (2 Coríntios 4:17)

Tg 5.11 A paciência move a bondade e a piedade divinas - Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

2 Co 1.6 A paciência capacita o crente a suportar a tribulação - Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos.

Hb 6.13-15 A promessa de Deus é alcançada por meio da paciência - Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa.

Rm 15.4 A paciência é fortalecida com a leitura das Escrituras - Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.

TUDO QUE DANTES FOI ESCRITO. As Escrituras do AT são da máxima importância para a vida espiritual do cristão. A sabedoria e as leis morais de Deus, no tocante a cada aspecto da vida, bem como sua revelação a respeito dEle mesmo, da salvação e da vinda de Cristo, são de valor permanente (2 Tm 3.16; ver Mt 5.17)

LEITURA BÍBLICA TIAGO 5.7-11 =7 Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Vede que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sede vós também pacientes, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. O juiz está à porta. 10 Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

É atribuído a Tiago, irmão de Jesus. Este discípulo de Cristo é conhecido pela tradição da comunidade cristã como “Tiago, o Justo”. Para Tiago, as tentações que provam a fé produzem ‘paciência’ (1.3) e ‘maturidade espiritual’ (1.4). Esta paciência é demonstrada no domínio da língua e da ira (1.25), na mansidão, no compromisso com a palavra (1.21), na fraternidade cristã (1.27), na prática da fé (2.14s), na santidade (4.8), na submissão a Deus (4.8); e por fim, na expectativa da vinda de Cristo (5.7). Tiago concordaria plenamente com Eclesiastes 7.8: ‘Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o longânimo do que o altivo de coração’. O sofrimento dos ‘irmãos’ não perdurará; teve um início, contudo, o fim será muito melhor (5.8), tal qual a paciência e a perseverança de Jó (v.11). Portanto, é necessário ser paciente. No original, é possuir ‘ânimo longo’(Tg 5.7, 8 e 10) ou ser ‘perseverante’ ou ‘resistente’ (Tg 5.11). De acordo com o original, o termo aflição (v.10) significa ‘suportar o mal pacientemente’ é a mesma palavra traduzida em 2 Timóteo 4.5 por ‘sofre as aflições’, isto é, ‘suporte o mal’.

O exercício da paciência é uma qualidade bastante difícil nos dias em que vivemos, principalmente devido ao corre-corre de nosso dia a dia, mas é de imprescindível importância para o crente que deseja ir morar no céu.É nos momentos de maior tensão que somos testados nessa qualidade do fruto do ESPÍRITO que está implantada em nós.É notado e louvado o cristão que consegue ser paciente diante das adversidades que surgem em seu viver terreno.Somente com a ajuda do ESPÍRITO SANTO é que conseguimos exercer paciência e ajudar aos que estão a nossa volta, a passar pelas tribulações do cotidiano.

I. A PACIÊNCIA E OS ASPECTOS DA VIDA CRISTà- “Paciência. hypomone, literalmente, ‘permanência em baixo de’ (formado de hypo, ‘em baixo de’, e meno, ‘ficar’), ‘paciência’. ‘A paciência, que só desenvolve nas provas (Tg 1.2), pode ser passiva, ou seja, igual a ‘tolerância, resignação’, como: (a) nas provas em geral (Lc 21.19; Mt 24.13; Rm 12.12); (b) nas provas que sobrevêm ao serviço no Evangelho (2 Co 6.4 ; 12.12; 2 Tm 3.10); (c) sob castigo, que é a prova considerada a vir da mão de Deus, nosso Pai (Hb 12.7); (d) sob aflições imerecidas (1 Pe 2.20); ou ativa, ou seja, igual a ‘persistência, perseverança’, como: (e) ao fazer o bem (Rm 2.7); (f) na produção de frutos (Lc 8.15); (g) no correr a corrida proposta (Hb 12.1).A paciência aperfeiçoa o caráter cristão (Tg 1.4), e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a condição na qual os crentes virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Tm 2.12; Ap 1.9). Para esta paciência, os crentes são ‘corroborados em toda a fortaleza’ (Cl 1.11), ‘pelo Seu Espírito no homem interior’ (Ef 3.16)”.O maior exemplo conhecido biblicamente como o homem de maior paciência é com certeza Jó. (Tg 5.11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.)

Sl 37.7 Descanse no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal.Aquele que desenvolve a paciência em seu caráter descansa em DEUS e não inveja aos ímpios.

Pv 19.11 A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas. Mostremos nossa sabedoria mesmo diante de ofensas.

Pv 25.15 Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra até ossos.Não temos medo das autoridades, mas as respeitamos e sabemos como falar-lhes com paciência.

Jr 15.15b Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa.Rm 2.4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?2Pe 3.15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu.Respeitemos, oremos e aceitemos a paciência de DEUS para com os ímpios. pois Ele tem em vista a salvação dos mesmos.

2Co 1.6 Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo.Em nossa paciência ajudamos os outros a serem pacientes também em suas tribulações.

Tg 5. 7 Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. 8 Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados.Esperemos com paciência a volta de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.

**Do Latin patientia, Resignação; conformidade em suportar os males ou os incômodos sem se queixar; perseverança tranquila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranqüilidade com que se espera aquilo que tarda.

Há forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã. A seguir, consideraremos algumas delas à luz das Escrituras.

1. Paciência e sofrimento. O sofrimento pode ser causado por diversos fatores, perseguição religiosa, inveja, discussões, inimizades, perca de emprego, morte de alguém da família, etc..; até mesmo por sofrimento alheio podemos sofrer, porém, uma coisa é certa, ninguém passa por esta vida sem ter momentos de sofrimento. Sabemos que o sofrimento faz com que analisemos o modo de vida que estamos levando e tomemos rumos novos e mais seguros para não sofrermos mais, funciona como estimulador à prevenção.As provações podem ser comparadas ao trabalho de cães guardadores de ovelhas: mantê-las perto do pastor. As provações funcionam como disciplina do Pai divino e amoroso em prol de nossa santidade (Hb 12.7-11). Observemos as ilustrações seguintes:

a) O exemplo da planta. Uma planta nova, submetida a intensos ventos, desenvolve raízes fortes e profundas. Assim como carregar peso, faz com que os nossos ossos fiquem fortes e não tenhamos osteoporose, assim também o sofrimento nos treina para sermos fortes. b) O exemplo da cruz. Muitos textos bíblicos nos revelam que o caminho rumo ao céu inclui uma cruz. Mt 10.38 e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. JESUS chama-nos a atenção para a cruz que certamente virá para aqueles que o querem seguir, portanto, esforcemo-nos por tornar este trabalho o menos sofrível possível, mas sabendo que teremos que passar por aflições.

2. Paciência e perseverança. Para se alcançar uma meta ou objetivo, devemos buscar com todas as nossas forças e ainda pedirmos auxílio a DEUS para nos fortalecer nesta jornada, porém nunca conquistaremos o triunfo sem sabermos esperar a hora certa para então louvarmos a DEUS por mais uma batalha ganha!

3. Paciência, alegria e esperança. Em Romanos 5.3,4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança.Como uma rosa a desabrochar, cada etapa é descrita por Paulo, talvez analisando sua vida cristã e seu crescimento espiritual. Não devemos nos conformar diante de situações difíceis, mas buscar a solução em DEUS para tais situações; o cristão foi chamado para guerrear contra o reino das treva e não existe paz sem haver guerra; o crente que vive em paz é aquele que guerreia constantemente contra Satanás e suas hostes.

4. Paciência e sabedoria. As palavras de Provérbios 14.29 declaram: “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura”. Devemos escolher entre "Sofrer para aprender", ou "Ver os outros sofrerem e aprender com seu sofrimento". Aquele que é paciente analisa o motivo do sofrimento alheio e antes que passe pelo mesmo sofrimento, muda seu proceder; é o famoso "Prevenir para não remediar"

5. Paciência e paz. A paciência é característica natural de quem vive em paz tanto consigo mesmo, quanto com os que o cercam. A paz é conquistada na perspectiva de um futuro que muitas vezes está distante, por isso, é necessário a paciência para que se possa esperar o resultado de nosso plantio, ou semeadura.

6. Paciência e força. A força física só é benéfica se for controlada pelo ESPÍRITO SANTO, assim a hora de se usar a força deve ser a hora ditada pela paciência, pela análise da potência a ser usada e como deve ser usada. é melhor e superior a força espiritual do que a física. Com sabedoria se vence uma guerra, porém nem sempre vence o mais forte, mas sempre vence o mais sábio.

7. Paciência e perdão. Dizem que o tempo sara as feridas, realmente a paciência tem mostrado que o adiamento da discussão traz benefícios ao futuro bom relacionamento. Cada pessoa tem o direito de pensar diferente de nós e de julgar diferente de nós, devemos esperar que o ESPÍRITO SANTO convença a outra pessoa da verdade e assim a união e a paz sejam restabelecidas.

8. Fé acrescida de paciência. A fé nos impulsiona, a paciência nos controla para fazermos certo. A fé é um poder transformador enquanto a paciência é um controlador dessa força, dosando de acordo com a necessidade, cada aplicação dessa fé. A fé, a paciência e as promessas de Deus estão relacionadas na bela passagem de Hebreus 6.11,12 (11 Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da esperança, 12 de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida).

II. O TRÍPLICE ASPECTO DA PACIÊNCIA - A paciência de Deus: um aspecto importante do seu amor

Sabemos que Deus é amor (1 João 4:8) e que o amor é paciente (1 Coríntios 13:4). Sem dúvida alguma, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7 descreve Deus nestes termos: "SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!" Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: "O SENHOR é tardio em irar_se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."

Passagens como essas esclarecem o sentido da paciência de Deus. Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está dizendo que ele demora em se irar. A longanimidade não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão. Vamos examinar esse assunto mais profundamente.

O que a Bíblia diz sobre a paciência de Deus?

Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" (Isaías 48:9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através do descendente de Abraão (Gênesis 12:3). No Novo Testamento, Paulo usa a palavra longanimidade para descrever essa demora em castigar. Ele diz em Romanos 9:22-24: "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?"A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.

O apóstolo Paulo serve como outro exemplo bom. Pela longanimidade de Deus ele deixou de ser perseguidor e passou a ser pregador das boas novas (1 Timóteo 1:16). Jesus usou a palavra "paciente" para descrever a atitude da pessoa que espera para receber o que lhe é devido (Mateus 18:26,29).

É fácil perder um aspecto importante da longanimidade do Senhor. Às vezes, pessoas acham que Deus simplesmente decidiu perdoar pecados, e que a dívida não foi paga. Mas as Escrituras deixam bem claro que não foi assim. Deus adiou a cobrança, mas jamais deixou de ser justo e exigente em relação à dívida do pecado. Um texto que ajuda a entender esse fato é Romanos 3:25-26: "...a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus." Esses versículos estão entre os mais ricos do Novo Testamento. Deus tolerava pecado durante algum tempo, sabendo que a justiça seria satisfeita pelo sacrifício de Jesus. Assim, ele é justo (exigindo o pagamento pelo pecado) e o justificador (oferecendo seu próprio Filho para pagar a dívida dos outros; compare Efésios 1:7).

Deus é longânimo quando ele dá tempo para o pecador se arrepender

Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Neemias 9:29-30). Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido conosco. Eu não estaria vivo para escrever este artigo, e quem estaria aqui na terra para lê-lo?A longanimidade não adianta se não houver arrependimento

O propósito de Deus em mostrar a paciência é de nos conduzir ao arrependimento. "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Romanos 2:4). No intervalo entre o pecado e a cobrança, precisa haver arrependimento. Se o pecador não aproveitar sua oportunidade para se converter, a paciência de Deus não tem valor nenhum. As pessoas que continuam no pecado, não se arrependendo enquanto há esperança, se conduzem à perdição. Salmo 7:12-13 diz: "Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas."

Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece

A paciência de Deus nos oferece a oportunidade de nos arrepender e fazer a vontade dele. Não devemos deixar esta oportunidade escapar, e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para pecar mais. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam (2 Pedro 3:9). "Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor..." (2 Pedro 3:14-15).

A paciência de Deus pede a volta do pecador. Isaías ensinou este princípio há 2.700 anos, quando falou ao povo de Judá: "Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6-7). Deus está disposto a perdoar, mas ele não força ninguém a se arrepender.

A paciência de Deus tem limite

Embora muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na longanimidade do Senhor. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé: "...o SENHOR fechou a porta" (Gênesis 7:16). Na vida de cada pessoa, a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus. A pessoa que morre despreparada não terá outra chance (Lucas 12:20-21; 16:24). Hebreus 9:27 nos assegura que o julgamento vem depois da morte. Seremos julgados pelas coisas feitas no nosso único corpo (2 Coríntios 5:10). Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma outra oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a morte são doutrinas falsas que contradizem as Escrituras.

Devemos ouvir a voz de Deus hoje

Cada vez que seu coração bate, você está chegando um pouco mais perto do fim da sua vida na terra. Ou a sua morte ou a volta de Cristo vai pôr um ponto final na sua oportunidade de se preparar para o julgamento. Deus tem sido muito longânimo conosco, mas a longanimidade dele não é eterna! Ou aceitamos o preço do resgate pago por Jesus, ou ficamos com uma eterna dívida que nunca será possível pagar. O livro de Hebreus, capítulos 3 e 4, cita o exemplo dos israelitas para ensinar uma lição importante aos servos de Cristo. Uma geração rebelde perdeu sua oportunidade e não entrou na terra prometida. Repetidamente, o autor nos convida a ouvir a voz de Deus hoje (3:7,15; 4:7). A longanimidade de Deus nos deu todos os minutos da nossa vida até o presente momento, mas não dá garantia de mais nenhum. Se deixarmos nossa oportunidade passar, pode ser tarde demais. No mesmo trecho onde Paulo nos relembra que todos seremos julgados por Cristo, ele diz: "E por isso que também nos esforçamos... para lhe sermos agradáveis" (2 Coríntios 5:9).

2. O Cristão e a Paciência.

O PODER DA PACIÊNCIA

“O amor é paciente” (1 Co. 13.4)

Quando você se relaciona com as pessoas na busca de grandes, saudáveis e crescentes relacionamentos, a primeira coisa que você precisa é ser paciente. Como Deus sabia disso? Bem, Ele possui milhares de anos de experiência em lidar com as pessoas. Ele precisou ter paciência. A palavra no grego, literalmente significa: “levar muito tempo até ferver”. Falamos sobre uma pessoa que tem pavio curto; isto significa a necessidade de se Ter uma pavio comprido. Esta palavra é usada na Bíblia exclusivamente para pessoas. Você precisa levar um longo tempo para ferver quando se relaciona com as pessoas.

O Amor é paciente. Significa que é amável ser paciente. É grosseiro ser impaciente. Quando sou paciente com minhas filhas, sou amável. Quando sou paciente com a minha esposa, sou amável. Quando sou impaciente, sou grosseiro.

POR QUE A PACIÊNCIA É TÃO VITAL NOS RELACIONAMENTOS?

Por que Deus começou falando de paciência, dentre muitas outras virtudes, quando deu as primeiras instruções sobre grandes relacionamentos? Qual é a sua importância?

PORQUE TODA PESSOA É DIFERENTE

1 Co. 12.6 diz: “Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos”. Ele diz que cada pessoa é original. Se você é pai de três filhas como eu, você sabe muito bem disso. É incrível como os seus filhos são diferentes uns dos outros. Da mesma família, filhos diferentes. Deus criou você com um molde especial.

Há cinco fatores que fazem você ser diferente de outras pessoas. Eles identificam como Deus moldou você, Seus:

Dons Espirituais – As habilidades, as habilidades especiais que Deus lhe deu para servi-lo e estabelecer relações com Ele;·

Seu Coração – Nós somos motivados de forma diferente. Temos interesses diversos. Coisas que motivam você não me motivam e vice-versa. Temos batimentos cardíacos diferentes;·

Habilidades – Temos diferentes habilidades, talentos naturais, capacidades;

Personalidade – Todos nós temos personalidades diferentes. Diferentes percepções e valores. Pessoas tímidas e outras salientes, as que gostam de rotina e as que gostam de variar, as que são introvertidas e as que são extrovertidas; Experiências - Todos temos diferentes origens, diferentes necessidades. Todos nós somos diferentes. Porque somos diferentes, precisamos ser pacientes... Porque somos diferentes e nenhum de nós é igual, isso cria mal-entendidos. Muitas vezes não conseguimos entender um ao outro. Não sabemos de onde as pessoas estão vindo.

1 Co. 2.11 diz: “...quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está?”. Circule “quem”. Ninguém pode entender seu cônjuge ou seu chefe. Você ouviu ou falou algumas das seguintes frases nesses últimos trinta dias?

·Eu não entendo o jeito dele agir, porque ele faz coisas assim! ·Ela não me entende! ·Ele vive noutro mundo! ·Ela não faz qualquer sentido. ·Como você pode pensar essas coisas? ·Meus pais são de outro planeta! ·Por que preciso repetir 48 vezes a mesma coisa para você fazer certo? ·Por que você não falou comigo? ·Por que você fica tão sensível?

1 Ts. 5.14 diz: “Sejam pacientes para com todos”. Como posso ser paciente com todos? A razão de sermos impacientes com as pessoas vem de mal-entendidos e mal-entendidos de nossas falsas suposições.

Como eu faço isso? Deus manda. Ele não diz: “Eu sugiro que você seja paciente para com todos”. Ele diz: “Faça assim. Seja paciente com todos”. Deus nunca nos manda fazer algo sem nos mostrar como fazê-lo.

COMO SER MAIS PACIENTE COM AS PESSOAS?

1. Lembre-se o quanto Deus tem sido paciente com você.

“Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna” (1 Tm. 1.16).

“Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Rm. 15.7).

2. Aprenda por ouvir

“A sabedoria do homem lhe dá paciência” (Pv. 19.11).

“O homem paciente dá prova de grande entendimento” (Pv. 14.29).

Se você não procura entender as pessoas, não terá paciência com elas. Se você não entende as pessoas, não haverá relacionamento, porque relacionamentos são baseados em entendimento. Se eu não entender você e você não me entender, que tipo de relacionamento poderemos ter? Este é um ponto fundamental. Sem entendimento não há relacionamento. Entendimento é o alicerce para relacionamentos. Mal-entendidos destroem relacionamentos.

Como ouvir as pessoas? A Bíblia diz: “Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha” (Pv. 18.13). Isto é bem claro! Não avalie o que as pessoas fazem ou o que você ouve até ouvir tudo. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca – o que significa que você deve ouvir duas vezes mais do que falar.

Qual tem sido seu índice de ouvir? Numa escala de 0 –10, que nota você se daria como ouvinte? A maioria de nós pensa que é bom ouvinte. Podemos escutar bem sem sermos bons ouvintes.

As pesquisas mostram que apenas 7% do que realmente você diz é comunicado em palavras. 43% do que você quer dizer se dá através do como você diz - tom de voz, emissão, volume, dicção. Os restantes 50% aparecem nas expressões não-verbais – expressão facial, gestos manuais, linguagem corporal. É por isso que quando você está telefonando você é apenas 50% efetivo. Você não pode ver o que a outra pessoa está comunicando através do corpo.

Isto significa que nossos olhos são tão importantes no ouvir como nossos ouvidos. Marido, sua esposa já lhe disse: “Por que você não olha para mim enquanto eu falo com você? Saia de trás desse jornal.” Ela acertou em cheio! Seus olhos são tão importantes quanto seus ouvidos na comunicação, porque apenas 7% da comunicação está em suas palavras. Você precisa aprender a ouvir.

3. Façam concessões com os outros

Todas as pessoas têm dias maus. De vez em quando ficamos desequilibrados, numa hora do dia, da semana, do mês. A Bíblia diz que devemos fazer concessões aos outros. “Sejam completamente humildes e dóceis, sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor” (Ef. 4.2). A Bíblia diz em Provérbios 12.16: “O homem prudente ignora o insulto”. Todos passamos dias ruins e ficamos um pouco desequilibrados.

4. Trate os outros do jeito que você quer ser tratado

Isso não é novidade. Esta é a Regra Áurea. “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt. 7.12). Este único versículo pode salvar muitos casamentos. É fácil de entender, mas difícil de praticar. Se pudéssemos praticar preveniríamos a maioria dos divórcios.

Filipenses 2.4-5 diz: “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”. Preste atenção nas necessidades dos outros. Olhe. Ouça. Descubra em que estão interessados. Você pode descrever quais são os 4 ou 5 principais interesses de cada membro de sua família? Algumas vezes ficamos tão preocupados conosco mesmos e prisioneiros em nosso próprio mundo. A Bíblia recomenda que olhemos os interesses dos outros. A palavra grega é scopos - como telescópio – estar atento para. Se você se preocupa, você fica atento. Tenha consideração pelos outros.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”. Este é o segredo real da paciência. Não é natural para você ser paciente com todos. É preciso o poder de Deus em sua vida. Esta semana, seja no trabalho, escola, supermercado, você vai se defrontar com situações de confronto. Deus diz seja paciente com todos. Como você pode ser paciente com todos? Tendo a mesma atitude de Jesus Cristo. Somente com Jesus Cristo em sua vida você pode tratar as pessoas do modo como Ele tratou. Este é o segredo da paciência.

No capítulo 16 do livro de Atos, temos um grande exemplo de portas fechadas: Paulo e Timóteo foram para a Ásia fazer a Obra de Deus no meio de um povo que precisava de Deus, tendo sendo impedidos pelo Espírito Santo, então seguiram para Bitínia, porém o Espírito Santo também não os permitiu...uma porta foi fechada. Eles, apesar da porta fechada, esperaram e confiaram em Deus. Ao dormir, Paulo tem uma visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Porém tão somente entenderam que uma grande porta foi aberta, onde igrejas foram edificadas e a cada dia cresciam em número.

Temos aí um grande exemplo onde foi depositada em Deus a confiança de que uma porta, ainda maior, seria aberta.

Se uma porta se fechou, existe uma razão para isso. É só confiar!

Três pontos para esperar a porta se abrir:

1- Entender que Deus é soberano. A responsabilidade e a Autoridade é Dele!
2- Se é Ele quem está no controle, eu posso confiar!
3- Se uma porta se fechou, é por que por esses dias vai se abrir uma ainda maior!





fonte:http://www.estudosgospel.com.br/

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Valor da Adoração a Deus no Lar

Introdução

No Livro de Gênesis, Cap. 3 e no Salmo 128, encontramos o valor da adoração a Deus no lar. Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente espiritual que honre e glorifique o Seu nome.

A maioria dos pais crentes não têm percebido a necessidade da adoração no lar, imaginando que só a igreja local atende às necessidades espirituais de sua família. Mas isso é um engano. Meditemos um pouco no assunto.

I - Deus quer estar presente no lar

1. No primeiro lar, Deus estava presente.

Deus visitava; Deus falava; Deus orientava o primeiro casal;
Enquanto obedeceram à voz de Deus, havia um culto maravilhoso no lar edênico.
Quando desobedeceram, Satanás prevaleceu.
HOJE, acontece a mesma coisa: Deus no lar: Harmonia, paz, amor. Deus fora do lar: falta de amor, ciúmes, contendas , brigas; desunião.

II - Com Deus no lar, A família é feliz

l. O Pai de família é feliz(Sl 128.1)

Ele teme a Deus e ANDA nos seus caminhos...
Adora a Deus; reparte felicidade com os seus;
É companheiro e amigo dos filhos e da esposa, ajudando-os a serem bons crentes;
Ele ama a esposa e dá exemplo aos filhos;
Tem cuidado e zelo pela família (Ver 1 Tm 5.8);

2. A Mãe, esposa e mulher é feliz(Sl 128.3a)

Ela é comparada a uma ÁRVORE FRUTÍFERA:
Dá fruto, dá sombra, dá abrigo, dá aconchego;
A árvore precisa ser cuidada: amor, zelo, afeto, carinho;
É diligente (Pv 31.27: é virtuosa (Pv 31.10-11);
É admirada e elogiada pelo esposo e pelos filhos (Pv 31.28-29).

3. Os Filhos são abençoados(Sl 128 3b)

São comparados a PLANTAS DE OLIVEIRAS:
Dão fruto: Ver Gl 5.22-23;
Dão azeite (unção do Espírito Santo);
Dão sombra (amparo, abrigo contra o desconforto );
As plantas precisam ser regadas, cuidadas: amor, cuidado, afeto, tempo, diálogo.

4. A Prosperidade no Lar Cristão(Sl 128.2; 4-6; Dt 28)

Prosperidade em tudo (Sl 1.1-3);
Bênção na cidade (Dt 28.3a); Bênção no campo (Dt 28.3b-4);
Bênção na vida doméstica (Dt 28.5,8);
Bênção dentro e fora de Casa (Dt 28.6; Sl 121.8);
Bênção diante dos inimigos (Dt 28.7; Sl 23.5);
Bênção na parte financeira (Dt 28.12).

III - A Adoração a Deus no Lar é Mandamento de Deus(Dt 11.18-21)

1. Os pais devem ter a palavra no coração(V. 18)

Do coração procedem as saídas da vida (Pv 4.21-22);
A boca fala do que o coração está cheio (Lc 6.45);
"A morte e a vida estão no poder da língua" (Pv 18.21);

2. Os pais devem ter a palavra de Deus nas mãos(V. 18)

As mãos devem ser usadas de acordo com a Palavra de Deus todos os dias;
O toque das mãos pode conduzir bênçãos com a palavra. Jacó abençoou os netos, tocando neles (Gn 48.8-10;13-16).

3. Os pais devem ensinar a palavra cuidadosamente(V. 19)

Ensinar assentado em casa(v 19);
Ensinar andando pelo caminho;
Ensinar durante o dia;

4. O valor do Culto Doméstico

4.1. Período 
Deve ser feito diariamente: durante 10 a 15 minutos apenas;

4.2. Procidências
Providências preliminares: reunir a família e mostrar a necessidade do culto doméstico.

4.3. Roteiro - pode variar
1) Cânticos de corinhos ou de hinos de que todos gostem;

2) Leitura de pequeno trecho da Bíblia: cada dia, um membro da família ler; ou todos leem alternadamente os versículos (isso ajuda a participação maior);

3) Um Comentário rápido e significativo pode ser feito, enfatizando os pontos, aplicando-os à vida da família;

4) Pedidos de Oração: cada um pede por seus problemas e pelos outros;

5) Oração: uma só, por um membro da família ou fazem oração um após outro;

4.4. Obstáculos
1) Desencontros dos horários da família: O pai trabalha em um horário; a mãe trabalha em outro; os filhos saem cedo para a escola; horários desencontrados;

2) Fadiga: o trabalho e os estudos em excesso conspiram contra o culto doméstico;

3) Pouca importância: muitos passam horas e horas diante da TV, mas não encontram tempo para o culto doméstico.

Tudo isso dificulta mas não deve ser usado como desculpas para a não realização do culto doméstico. O Inimigo pode agir nessas coisas.

É preciso colocar o culto doméstico como prioridade no lar. Só traz bênçãos pa a família.

Os obstáculos podem ser vencidos com o Poder do Espírito Santo e o esforço de todos , principalmente dos líderes do lar (Pai e mãe). Há tempo para tudo (Ec 3.1); Podemos tudo naquele que nos fortalece (Fp 4.13).

CONCLUSÃO:

A adoração a Deus no lar precisa ser valorizada. A avalanche de pecados que são jogados contra os lares, especialmente através da mídia (TV, rádio, literatura pornográfica, etc...) só pode ser derrotada com a família unida em torno do altar da adoração a Deus. É melhor desligar o altar da televisão e acender o ALTAR DA ADORAÇÃO.

PAI E MÃE: não deem desculpas que agradem ao inimigo. REALIZEM O CULTO DOMÉSTICO COM SEUS FILHOS. Que Deus nos abençoe (Nm 6.24-26).

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Perseverança

Texto básico: Gênesis 26: 1-34.

Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida nos dias de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque, rei dos filisteus. Apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Fica na terra que eu te disser; habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai. Multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas estas terras. Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra; porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Isaque, pois, ficou em Gerar. Perguntando-lhe os homens daquele lugar a respeito de sua mulher, disse: É minha irmã; pois temia dizer: É minha mulher; para que, dizia ele consigo, os homens do lugar não me matem por amor de Rebeca, porque era formosa de aparência. Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher. Então, Abimeleque chamou a Isaque e lhe disse: É evidente que ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: para que eu não morra por causa dela. Disse Abimeleque: Que é isso que nos fizeste? Facilmente algum do povo teria abusado de tua mulher, e tu, atraído sobre nós grave delito.

E deu esta ordem a todo o povo: Qualquer que tocar a este homem ou à sua mulher certamente morrerá. Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o SENHOR o abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou riquíssimo; possuía ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe tinham inveja. E, por isso, lhe entulharam todos os poços que os servos de seu pai haviam cavado, nos dias de Abraão, enchendo-os de terra. Disse Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós, porque já és muito mais poderoso do que nós. Então, Isaque saiu dali e se acampou no vale de Gerar, onde habitou. E tornou Isaque a abrir os poços que se cavaram nos dias de Abraão, seu pai (porque os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão), e lhes deu os mesmos nomes que já seu pai lhes havia posto. Cavaram os servos de Isaque no vale e acharam um poço de água nascente. Mas os pastores de Gerar contenderam com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso, chamou o poço de Eseque, porque contenderam com ele.

Então, cavaram outro poço e também por causa desse contenderam. Por isso, recebeu o nome de Sitna. Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora nos deu lugar o SENHOR, e prosperaremos na terra. Dali subiu para Berseba. Na mesma noite, lhe apareceu o SENHOR e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo. Então, levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do SENHOR, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço. De Gerar foram ter com ele Abimeleque e seu amigo Ausate e Ficol, comandante do seu exército. Disse-lhes Isaque: Por que viestes a mim, pois me odiais e me expulsastes do vosso meio? Eles responderam: Vimos claramente que o SENHOR é contigo; então, dissemos: Haja agora juramento entre nós e ti, e façamos aliança contigo. Jura que nos não farás mal, como também não te havemos tocado, e como te fizemos somente o bem, e te deixamos ir em paz. Tu és agora o abençoado do SENHOR.

Então, Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam. Levantando-se de madrugada, juraram de parte a parte; Isaque os despediu, e eles se foram em paz. Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dandolhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje. Tendo Esaú quarenta anos de idade, tomou por esposa a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. (Gênesis 26:1-34 RA).

Ao ler o texto acima podemos pensar que a vida de Isaque em Gerar foi fácil. Ele cultivou uma lavoura que produziu em abundância, seus rebanhos se multiplicaram, bem como o número de seus servos, tornando-se muito rico.

Mas a prosperidade material acabou lhe trazendo dificuldades. Naquela região era fundamental ter poços com água, e Isaque os tinha. Mas os filisteus que moravam naquela região passaram a invejá-lo e entulharam seus poços.

Com isso, Isaque precisou mudar-se e abrir novos poços. Mas sempre que encontrava água surgia alguém para brigar por causa dela. No entanto, Isaque não desistia. Quando um poço lhe era tirado, abria outro. Mesmo sofrendo por causa desta situação, ele se mantinha motivado, pois sabia que o Senhor estava com ele.

Certamente já encontramos pessoas que persistem apesar das dificuldades e nunca desistem. O crente deve ser assim, jamais desistir de seus propósitos de receber as bênçãos do Senhor.

A Bíblia nos mostra muitos exemplos disso:

Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tiago 5: 17-18 RA).

Precisamos persistir em nossas orações, sermos mais constantes. Lucas 18 relata que até um juiz iníquo fez justiça a uma viúva pela sua persistência.

Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? (Lucas 18:1-8 RA)

Jairo o chefe de uma sinagoga também foi insistente com Jesus; e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. (Marcos 5: 23 RA).

Também o cego de Jericó insistiu em que Jesus o curasse:

Então, saiu o povo para ver o que se passara, e foram ter com Jesus. De fato, acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus; e ficaram dominados de terror. E algumas pessoas que tinham presenciado os fatos contaram-lhes também como fora salvo o endemoninhado. Todo o povo da circunvizinhança dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles, pois estavam possuídos de grande medo. E Jesus, tomando de novo o barco, voltou. O homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; Jesus, porém, o despediu, dizendo: Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito. Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando. Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, lhe suplicou que chegasse até a sua casa. Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava à morte. Enquanto ele ia, as multidões o apertavam. Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, (Lucas 8: 35-43 RA)

Quantas vezes desistimos na primeira dificuldade encontrada? Quantas vezes fracassamos ao enfrentarmos alguma tribulação? A Palavra de Deus nos anima a sermos perseverantes se quisermos ser vencedoresprecisamos insistirem nossa fidelidade a Deus até a morte. Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. (Tiago 1: 12 RA)

Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (Apocalipse 2:10 RA).

A chave para vencer está na perseverança do crente:

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. (Romanos 5:3-4 RA)

Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, (2 Timóteo 3: 10 RA)

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, (Hebreus 12:1 RA)

Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. (Hebreus 10:36 RA)

Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. (Tiago 1:3-4 RA)

Amados, reflitamos como anda a nossa perseverança, até que ponto temos resistido a nossa fé?

Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Reavivamento, obra soberana de Deus

Reavivamento é uma obra soberana de Deus. A igreja não produz reavivamento; ela o busca e prepara seu caminho. A igreja não agenda reavivamento; ela ora por ele e aguarda sua chegada. Reavivamento não é estilo de culto, nem apenas presença de dons espirituais ou manifestações de milagres. O Salmo 85 trata desse momentoso assunto de forma esclarecedora. O salmista pergunta: “Porventura, não tornará a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6). Dr. Augustus Nicodemus, em recente mensagem pregada em nossa igreja, ofereceu-nos quatro reflexões acerca do versículo em epígrafe.

1. Reavivamento é uma obra de Deus na vida do seu povo.Reavivamento não acontece no mundo, mas na igreja. É uma intervenção incomum de Deus na vida do seu povo, trazendo arrependimento de pecado, volta à Palavra, sede de santidade, adoração fervorosa e vida abundante. Reavivamento começa na igreja e transborda para o mundo. O juízo começa pela casa de Deus. Primeiro a igreja se volta para Deus, então, ela convoca o mundo a arrepender-se e voltar-se para Deus.

2. Reavivamento é uma obra exclusiva de Deus. Os filhos de Coré clamaram a Deus por reavivamento. Eles entenderam que somente Deus poderia trazer à combalida nação de Israel um tempo de restauração. Nenhum esforço humano pode produzir o vento do Espírito. Nenhuma igreja ou concílio pode gerar esse poder que opera na igreja um reavivamento. Esse poder não vem da igreja; vem de Deus. Não vem do homem; emana do Espírito. Não procede da terra; é derramado do céu. Laboram em erro aqueles que confundem reavivamento com emocionalismo. Estão na contramão da verdade aqueles que interpretam as muitas novidades do mercado da fé, eivadas de doutrinas estranhas às Escrituras, como sinais de reavivamento. Não há genuína obra do Espírito contrária à verdade revelada de Deus. O Espírito Santo é o Espírito da verdade e ele guia a igreja na verdade. Jamais ocorreu qualquer reavivamento espiritual, produzido pelo Espírito de Deus, dentro de seitas heterodoxas, poisDeus não age contra si mesmo nem é inconsistente com sua própria Palavra.

3. Reavivamento é uma obra extraordinária de DeusO reavivamento não é apenas uma obra de Deus, mas uma obra extraordinária. É uma manifestação incomum de Deus na vida do seu povo e através do seu povo. Deus pode fazer mais num dia de reavivamento do que nós conseguimos fazer num ano inteiro de atividades, estribados na força da carne. Quando olhamos os reavivamentos nos dias dos reis Ezequias e Josias, vemos como o povo se voltou para Deus e houve júbilo e salvação. Quando contemplamos o derramamento do Espírito no Pentecostes, em Jerusalém, vemos como a mensagem de Pedro, como flecha, alcançou os corações e quase três mil pessoas se agregaram à igreja. Quando estudamos o grande reavivamento inglês, no século dezoito, com John Wesley e George Whitefield constatamos que uma nação inteira foi impactada com o evangelho. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos no século dezenove e na Coréia do Sul no século vinte. O reavivamento é uma obra incomum e extraordinária de Deus e nós precisamos urgentemente buscar essa visitação poderosa do Espírito Santo na vida da igreja hoje.

4. Reavivamento é uma obra repetida de Deus na história. É importante entender que o Pentecostes é um marco histórico definido na história da igreja. O Espírito Santo foi derramado para estar para sempre com a igreja e esse fato é único e irrepetível. Porém, muitas vezes e em muitos lugares, Deus visitou o seu povo com novos derramamentos do Espírito, restaurando sua igreja, soprando sobre ela um alento de vida e erguendo-a, muitas vezes, do vale da sequidão. Nós precisamos preparar o caminho do Senhor e orar com fervor e perseverança como o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” O reavivamento é uma promessa de Deus e uma necessidade da igreja. É tempo de clamarmos ao Senhor até que ele venha e restaure a nossa sorte!

Armadura Missionária

Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. João 13:14.

Ministrar conforme as circunstâncias e oportunidades do dia-a-dia. Ministrar conforme as circunstâncias que se nos apresentam, não significa escolher as situações em que queremos fazer viver, mas, sermos exclusivamente de Deus dentro de qualquer situação possível na qual ele nos colocar. As características que manifestamos nas circunstâncias normais de nossa vivência revelam-nos como seremos nas outras. 

As coisas que Jesus fazia eram do tipo mais humilde e vulgar e isso era indício claro de que é necessário todo o Poder de Deus em mim para que eu faça as coisas mais comuns do jeito d`Ele. Serei capaz de usar uma toalha como ele o fez? Toalhas, bacias e sandálias, todas essas coisas banais e comuns de nossa vida normal serão sempre as que melhor revelam de que estofo somos.

É preciso ter em nosso coração o Deus Todo-Poderoso para realizarmos a mais humilde das tarefas tal qual estas devem ser realizadas. Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também, João 13:15. 

Observe bem o tipo de gente que Deus coloca à sua disposição e sentir-se-á humilhado ao verificar que esse é o método através do qual Ele lhe irá manifestar o tipo de pessoa que você tem sido para Ele. Agora, diz Ele, mostra a essas pessoas exatamente o que eu sou com o mesmo Amor que eu te tenho dado. "Oh", diz você, "eu farei tudo isso quando entrar ao campo missionário". Isso é o mesmo que tentar fabricar munições de guerra nas trincheiras - será morto enquanto as fabrica.

Temos que andar "a segunda milha" com Deus. Alguns de nós nos afadigamos logo nos primeiros dez metros, porque Deus nos obriga a seguir por lugares onde não conseguimos enxergar o chão que pisamos e então dizemos: "Vou esperar que chegue a grande crise". 

Se não "corrermos" com firmeza nas situações mais banais, falharemos e não faremos nada sempre que tivermos de enfrentar uma crise muito mais séria. Pensem nisso irmã(a). Boa semana, graça e paz!