Nós vivemos num mundo que chora e geme, que chora e range os dentes. Freqüentemente ficamos atônitos, pasmos, às vezes petrificados, sem ação diante da mesquinharia, do egoísmo e da arrogância que reina no coração do ser humano, que arroga o direito de ser chamado de "civilizado". Quando as pessoas têm oportunidade de roubar, elas roubam. Se tiverem oportunidade de se vingarem de seus desafetos, se vingam. Se forem insultadas, respondem à altura.
As pessoas do mundo são guiadas pelo desejo de poder, fama e prazer. Pelo interesse pessoal. Se vão
Com isso se fecham em torno de si mesmas. Já têm problemas demais para ficarem se preocupando com problemas alheios. Mais: alegam que existem outras pessoas mais preparadas, mais qualificadas, mais ricas e abastadas que se preocupam em ajudar os menos afortunados. Que o governo tem planos e projeto sociais, tem órgãos que se ocupam com o bem-estar da população. Têm medo de ajudar, medo que exijam mais do que estão dispostos a dar, medo de comprometer a sua vida sossegada e confortável. Não conseguem enxergar além da ponta do próprio nariz, e deixam que a podridão de seu próprio egoísmo e mesquinharia consuma lentamente as suas almas, retirando a cor e o sabor de continuarem vivendo...
... e neste mundo que chora e geme, somos chamados para sermos "sal da terra".
A igreja deve ser vista e reconhecida como uma ilha no oceano da lama e da podridão que é o mundo. As pessoas que estão na igreja precisam ser diferentes das demais pessoas do mundo.
O mundo anseia por amor sincero, por atenção e compreensão, por uma palavra de estímulo. Todos somos carentes de carinho, de amor e de compreensão.
Mas as pessoas que estão nas igrejas evangélicas continuam adotando o mesmo comportamento de quando ainda não pertenciam à igreja. E isso precisa mudar. Precisam se tornar "sal da terra". O cristão precisa ser reconhecido como tal. As pessoas do mundo precisam ver nele um olhar diferente, um leve e contínuo sorriso em seu rosto, uma força extraordinária para enfrentar os reveses da vida. Isso é ser "sal da terra".
O Ezequias (você conhece ele?) conta que quando fez o segundo grau numa escola federal aqui de Cuiabá, fez parte da ABES - Aliança Bíblica dos Estudantes Secundaristas, ou coisa parecida. E viu que havia na escola muitos "crentes secretos". Isto é, cristãos se comportavam como qualquer um, como se não fossem da igreja, como se não conhecessem a Cristo, como se não tivessem compromisso com o Evangelho.
Se nós, cristãos, fizermos o que "todo mundo" faz, seremos iguais a todo mundo. Se fizermos o que "qualquer um" faria, seremos iguais a qualquer um.
Seu comportamento demonstra que você não é movido pela mesquinharia, egoísmo e prepotência? Você tem se destacado como "sal da terra"? O Espírito de Deus flui através de você? Adianta muito pouco ou quase nada sermos Cristãos, se as pessoas à nossa volta não souberem disto. Entende?
As pessoas de seu círculo social ficariam assustadas se soubessem que você é da igreja?
Qual é a tua reação diante dos reveses da vida, diante do fracasso, da dor, do sofrimento, da decepção e da frustração?
Um alerta importante: não nos tornamos sal de imediato, de repente, é um processo longo, gradual e doloroso chamado "santificação".
Você tem se tornado "sal da terra"? Quanto de sal há na tua vida? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta porque o sal insípido é jogado fora (Mateus 5:13).
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